Na berlinda, sob suspeita de favorecer a candidatura de Bolsonaro, em 2018, antes do 2º turno, por alegadamente manter suspensas investigações em curso contra Flávio Bolsonaro, por suspeita de prática de "rachadinha" na Assembléia do Rio, para financiar a milícia carioca, a PF lança operações grandiosas de apreensão de maconha e de combate à corrupção contra a Previdência Social.
Agentes da Polícia Federal PF e da Polícia Rodoviária Federal PRF apreenderam em Mato Grosso do Sul, em 20.05, um caminhão que transportava cerca de 28 toneladas de maconha. A carga recolhida é uma das maiores já registradas no País.
Segundo a PF, o veículo saiu de Ponta Porã MS, com pacotes da droga escondidos sob uma carga de milho. Ao ser detido, o motorista do caminhão, um homem de 38 anos cujo nome não foi divulgado, disse ter apanhado o caminhão já carregado para levá-lo até São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
Ainda segundo a Polícia Federal, os investigadores chegaram até a droga após cumprirem uma diligência em um hotel de Ponta Porã, onde o motorista do caminhão estava hospedado. Sem fornecer mais detalhes, a PF informou que o comportamento do motorista “levantou suspeitas”, motivando os policiais a passarem a monitorá-lo.
Assim que o suspeito pegou o caminhão e iniciou a viagem com destino a São Leopoldo, policiais federais e rodoviários federais o abordaram na estrada, entre as cidade de Tacuru e Iguatemi, ainda em Mato Grosso do Sul.
Até a manhã de hoje, a Polícia Federal continuava contabilizando a quantidade exata de maconha apreendida no caminhão.
Operação contra fraude previdenciária no Tocantins
Policiais federais estão realizando, em Tocantins, uma operação para desarticular um suposto esquema criminoso de desvio de recursos da Previdência Social. Com o apoio da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, a PF estima que os investigados causaram um prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos.
Mais de 50 agentes participam da Operação Tempo Perdido. Com autorização da 4ª Vara Federal do Tocantins, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão temporária, 12 mandados de busca e apreensão de provas em endereços ligados aos investigados e 13 mandados de intimação de suspeitos. A Justiça também autorizou o afastamento de dois ocupantes de cargos públicos de suas funções, mas até o momento, nem a Seção Judiciária do Tocantins, nem a PF, forneceram informações sobre estes funcionários públicos.
Os mandados de intimação estão sendo cumpridos no Tocantins, em Minas Gerais e no Distrito Federal. A PF diz já ter indícios que apontam o envolvimento dos investigados com associação criminosa, corrupção passiva e ativa e peculato.
O nome da operação, Tempo Perdido, é uma referencia ao tempo de contribuição que faltava aos investigados para que pudessem obter seus benefícios licitamente.