Taxa de ocupação chega a nível recorde
A Gol apresentou sua prévia operacional do tráfego aéreo durante outubro deste ano, com o load factor (taxa de ocupação) no mercado interno sendo o principal destaque, ao atingir nível recorde para o mês e a maior dos últimos oito anos.
Além disso, a demanda (RPK) no mercado internacional continuou com a forte tendência de alta, como já se vem observando em meses anteriores.
O load factor total registrou elevação de 4,9 p.p. em comparação com o mesmo período do ano passado, ficando em 78,6%. O número de Passageiros
Transportados Pagos no mercado interno chegou a 3,3 milhões, representando aumento de 7% A/A. Com isso, a companhia acumula ao longo de 2014, somada aos voos internacionais, 32,5 milhões de passageiros transportados, uma expansão de 10% A/A.
Somente no mercado doméstico, a oferta de assentos (ASK) caiu 0,5% em outubro deste ano em relação a outubro de 2013. No acumulado do ano, o ASK já sofreu queda de 2,6%, caminhando para ficar dentro da estimativa da empresa para o final de 2014, de -1% e -3%.
Já no mercado internacional, a oferta teve um aumento de 16% A/A, que com uma demanda 27,3% maior do que no mesmo período do ano passado, alavancou a taxa de ocupação em 6,5 p.p. A/A, chegando a 73,0%.
Opinião do Analista
Os números prévios operacionais, no mês de outubro, indicam que a Gol já começou bem o quarto trimestre do ano, principalmente pela capacidade da companhia em continuar crescendo sua taxa de ocupação no mercado doméstico e internacional, sugerindo que ela pode ter ganhado market share no período.
Vale ressaltar, que os números mostram a empresa se aproximando cada vez mais de estabelecer um novo patamar de load factor na casa dos 80%, o que consideramos positivo e de importante impacto para diluição do CASK (custo operacional por assento).
Os dados pré-operacionais de outubro apresentados pela GOL reforçam nossas expectativas de que a companhia encerre o ano com margem Ebit 4,8%, tendo em vista a capacidade de gerenciamento de custos e despesas operacionais, já mostrada nas últimas divulgações de resultados trimestrais.
Preocupa-nos, entretanto, o fato de que a escalada cambial possa trazer alguma pressão sobre a margem operacional (EBIT). Ainda assim, a recente queda de preço internacional do barril de petróleo poderia mitigar esse efeito negativo sobre a rentabilidade da empresa.
Outro ponto a ser observado está no fato de que o acirramento concorrência, após a nova distribuição dos slots em Congonhas, e o aumento de despesas oriundas da variação do câmbio, ainda figuram como os maiores riscos para a empresa.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da GOL, assinado pelo analista de investimentos
MARIO BERNARDES JR, do BB INVESTIMENTOS