As vendas de produtos para a Copa do Mundo aumentaram em cerca de 10% após a primeira vitória da seleção brasileira no Mundial, segundo a ACDF Associação Comercial do Distrito Federal.
Inicialmente, havia uma certa cautela e um pessimismo dos lojistas pela possibilidade de grandes manifestações, segundo a entidade.
A expectativa agora é que, caso o Brasil vença o jogo desta 3 feira, 17.06, as vendas dos chamados "produtos verde-amarelo" continuem a aumentar. Brasil e México se enfrentam às 16h (horário de Brasília), no Estádio Castelão, em Fortaleza.
No mercado formal, as vendas crescem conforme aumenta a confiança dos torcedores. Em uma das lojas de produtos oficiais visitadas pela Agência Brasil, os modelos infantis e femininos de camisas da seleção brasileira se esgotaram no dia da abertura da Copa do Mundo. E, segundo o gerente, camisas de seleções sul-americanas também estão sendo muito procuradas.
No comércio de rua, o sentimento é o mesmo. Aos poucos, cresce o otimismo em relação às vitórias do Brasil, mas ainda há descontentamento quanto aos gastos públicos para que a Copa se realizasse no Brasil. Para o comerciante Carlos Augusto de Castro,
“o povo está decepcionado porque se gastou demais. De que adianta a seleção ganhar se o país não está legal?”,
questiona.
Carlos está vendendo bandeiras do Brasil e capas para o capô do carro desde o início da competição, em sua banca de frutas em uma das entre quadras da Asa Sul, um bairro do Plano Piloto de Brasília, mas diz que as vendas não empolgaram.
Já Rebeca Caetano Pereira diz vender bem as bandeiras que a própria mãe costura. A estratégia é colocar o escudo de times nacionais no fundo verde-amarelo.
“Assim, não vai servir apenas para a Copa”,
explica. Ela está há cerca de duas semanas em um semáforo na saída sul da capital vendendo as bandeiras e outros produtos com o tema Brasil.
No Setor Comercial Sul de Brasília, os itens à venda são variados. Além de bandeiras e camisetas, chapéus, perucas, cornetas, buzinas e acessórios femininos são encontrados facilmente, todos nas cores da bandeira brasileira, incluindo maquiagens e esmaltes.
Sebastiana Moura da Silva trabalha há 17 anos como vendedora ambulante e confirma que as vendas aumentaram bastante na última semana.
“Buzina e peruca é o que vende mais, principalmente nos dias dos jogos do Brasil”,
diz.