Liz Truss diz estar pronta, 'se for necessário', a usar armas nucleares
4ª feira 24.08.2022
A chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, participa da corrida pelo cargo de premiê e afirmou que, caso necessário, estaria pronta para apertar o botão para lançar armas nucleares.
"Penso que é uma responsabilidade importante do primeiro-ministro. Estou pronta para fazê-lo",
disse Truss ao discursar em Birmingham, respondendo a uma pergunta como ela se sentiria no caso de ter que tomar tal decisão.
A transmissão ao vivo estava sendo realizada no canal de YouTube Times Radio.
Boris Johnson ainda no cargo
Em 20 de julho, ocorreu no Reino Unido a 5ª rodada de votação dos deputados do Partido Conservador para eleger o líder do partido, que também se tornará o (ou a) premiê do país.
Em resultado da disputa eleitoral, dois candidatos são finalistas: a chanceler britânica Liz Truss e o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak.
Na última rodada será eleito o vencedor, com a participação de todos os membros do Partido Conservador, que atualmente reúne cerca de 200 mil pessoas filiadas.
Boris Johnson anunciou sua renúncia ao cargo de premiê em 7 de julho; e, também, de líder do Partido Conservador britânico. Contudo, Johnson segue na chefia do governo até que um novo premiê do país seja eleito. Em 2017, ele havia substituido Theresa May no cargo de primeiro-ministro.
Ceticismo contra Lis Truss
Na 3ª feira, 23.08, a edição norte-americana Politico publicou um artigo segundo o qual os EUA, junto com a maior parte da Europa Ocidental, vão reagir com um "ceticismo profundo" à possível eleição de Liz Truss como primeira-ministra do Reino Unido.
Segundo o Politico, as conversas com altos diplomatas e figuras próximas de governos de vários países do mundo demonstraram que "Truss não é uma escolha muito popular na arena internacional".
"Será recebida com um ceticismo profundo na maior parte da Europa Ocidental e na Casa Branca. Existem dúvidas sobre as relações com o novo governo australiano. É desprezada em Moscou e Pequim",
diz a publicação.
"Temos uma impressão negativa, baseada não nas suas intenções, mas nas suas ações",
cita o jornal as palavras de um diplomata de um grande país europeu.
CONFIRA em SPUTNIK BRASIL a íntegra da matéria