Dólar cai para R$ 5,27, mas tem primeira alta semanal desde março
Bolsa sobe 0,97% no dia, mas termina semana em queda
Num dia de tranquilidade no mercado financeiro, o dólar voltou a cair para abaixo de R$ 5,30. Apesar do desempenho na sessão, a divisa teve a primeira alta semanal após seis semanas seguidas de queda. A bolsa de valores recuperou-se nesta 6ª feira, 14.05, mas fechou a semana com leve baixa.
O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,271, com recuo de R$ 0,042 (-0,8%). Na mínima da sessão, por volta das 13h30, a cotação chegou a cair para R$ 5,24, mas o ritmo de queda reduziu-se durante a tarde.
Mesmo com a queda de hoje, a divisa fechou a semana com valorização de 0,81%. A moeda norte-americana acumula queda de 2,96% em maio e alta de 1,59% em 2021.
Ibovespa e bolsa B3
No mercado de ações, a bolsa teve o segundo dia seguido de alta. O índice Ibovespa, da B3, fechou esta 6ª aos 121.872 pontos, com ganho de 0,97%. O indicador praticamente repôs as perdas da última quarta-feira (12), quando tinha registrado a maior queda diária desde o início de março. Embora tenha subido hoje, o Ibovespa fechou a semana com recuo de 0,13%.
O mercado financeiro global está atento ao ritmo de recuperação da economia dos Estados Unidos. Na 4ª feira, a divulgação de que a inflação para os consumidores norte-americanos em abril teve a maior alta para o mês em 12 anos provocou tensões em todo o mundo. No entanto, a divulgação de que as vendas no varejo não estão reagindo como o esperado diminuíram as pressões sobre o dólar.
Desde o início da pandemia de covid-19 nos EUA, o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) mantém os juros básicos da maior economia do planeta entre 0% e 0,25% ao ano, no menor nível da história. A medida foi tomada para combater a crise econômica provocada pela doença.
A recuperação da atividade econômica norte-americana, decorrente do pacote de estímulos do governo do presidente Joe Biden e do ritmo de vacinação, aumentam as expectativas de que os juros podem subir antes de dezembro de 2022. Taxas mais altas em economias avançadas pressionam o dólar em países emergentes, como o Brasil.