Juiz manda Departamentos de Defesa e do Tesouro norte-americanos retirarem XIAOMI da Lista Negativa herdada do governo Trump, mantida persecutoriamente no governo Biden, por não comprovarem envolvimento de interesses de segurança nacional nas restrições à Huawei.
Por decisão judicial, a fabricante chinesa de telefones Xiaomi deve ser retirada de uma lista negativa dos EUA em que foi incluída durante o governo de Donald Trump e mantida pelo governo Biden.
Em sua decisão, o juiz relatou que os departamentos da Defesa e do Tesouro "não comprovaram que os interesses de segurança nacional estavam envolvidos", conforme publicou a agência de notícas AFP.
Desse modo, as autoridades norte-americanas estão proibidas de classificarem a Xiaomi como "empresa militar comunista chinesa" e cai a proibição aos investidores americanos de comprarem ações da Xiaomi.
A decisão do magistrado resulta de recurso judicial apresentado pela Xiaomi em janeiro último, contra a medida restritiva pela gestão Trump. Em seu recurso, a Xiaomi declara que essa medida do governo dos EUA foi "incorreta" e que "a empresa foi privada do direito ao devido processo legal".
A Xiaomi é uma das nove empresas chinesas que estão na lista negativa, acusada pelo governo de Trump de ter vínculos com o Exército chinês.
Como consequência, a FCC, agência reguladora das telecomunicações dos EUA, classificou cinco empresas chinesas de telecomunicações como uma ameaça para a segurança nacional. As empresas chinesas Huawei e ZTE igualmente integram essa lista da FCC.
A visão do Editor
O pano de fundo para essa medida ilegal tomada pelo governo norte-americano é que a China é vanguarda mundial na tecnologia 5G, em que os EUA são neófitos e não têm qualquer perspectiva imediata. A China, por sua vez, já testa a tecnologia 6G.
Além desse ponto, a Xiaomi superou a Apple tornando-se a terceira maior fabricante de smartphones do planeta em 2020.
Daí a tentativa do governo Trump -- não revertida pelo governo Biden -- de mobilização dos países europeus e da América Latina para defenestrarem Xiaomi, Huawei e empresas chinesas de alta tecnologia.
Nesse sentido, a estratégia norte-americana tem obtido resultados no Brasil, ainda que contra o que poderia ser de interesse da Nação brasileira. Perseguindo a estratégia do Planalto de alinhamento automárico e total subserviência aos EUA, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, na última 3ª feira, 09.03, em audiência pública na Câmara dos Deputados, informou que a empresa chinesa Huawei "não preenche os requisitos para participar da rede privada 5G do governo brasileiro e não teria interesse em participar especificamente da Rede Privada".