Abandonando seus investimentos na produção de gás de xisto (shale), a Exxon passará a se concentrar na Guiana, onde descobriu até 8 bilhões de barris de petróleo, em operações "offshore" no Brasil e no campo de petróleo da Bacia de Permian, em Angola
A Exxon Mobil, grande produtora norte-americana de petróleo, disse nesta 2ª feira, 01.12, que contabilizará uma baixa contábil de US$ 17 bilhões a US$ 20 bilhões em propriedades de gás natural, no maior "impairment" de sua história, e que reduzirá os gastos no ano que vem para o menor nível em 15 anos.
A gigante do petróleo está sofrendo com os impactos da pandemia de Covid-19 sobre a demanda e os preços da energia, e tenta proteger um robusto programa de pagamentos aos acionistas, cujo rendimento figura em 8,6% e custa quase US$ 15 bilhões por ano.
Boom do Shale e Derrocada
As baixas contábeis incluem a maior parte do valor da compra da produtora de "shale", a XTO Energy pela Exxon, em 2010, uma operação com ações avaliada à época em aproximadamente US$ 30 bilhões. A compra da XTO colocou a Exxon na dianteira do "boom do shale" nos EUA, mas foi -- em grande parte -- uma aposta no gás natural pouco antes de os preços entrarem na queda mais intensa em uma década.
"A Exxon passará a se concentrar na Guiana, onde descobriu até 8 bilhões de barris de petróleo, em operações "offshore" no Brasil e no campo de petróleo da Bacia de Permian, [em Angola]NR,
disse a empresa.