JHSF - Revisão de Preço
Apresentamos nosso preço-alvo 21e para JHSF3 de R$ 9,90 com manutenção da recomenação de Compra, após atualizarmos o cenário referentes a custos de capital e premissas de crescimento, além da incoporação dos resultados referentes ao 2T20, cuja performance segue abaixo comentada.
Renda Recorrente.
Ao longo do 2T20, observou-se a gradual reabertura dos shoppings, apesar de operarem em horário reduzido e com algumas atividades suspensas. Assim, as vendas dos lojistas no trimestre tiveram queda de 82,4% a/a, com o SSS (vendas mesmas lojas) alcançando -80,3% (-92,1 p.p a/a). O SSR (aluguel mesmas lojas) também apresentou queda de 86,9 p.p. na comparação anual, atingindo -78,1%, enquanto a taxa de ocupação atingiu 96,5% (-0,8 p.p a/a).
Do lado financeiro, a receita líquida caiu 74,6% a/a, devido à paralisazação temporária das atividades. Em consequência, a margem EBITDA ajustada (ex-PPI) atingiu 49,1% no 2T20 (ante 59,3% no 2T19), apesar do CPV e das despesas operacionais terem diminuído em função da menor atividade no segmento.
Ainda, a JHSF não contabilizou nenhum efeito de linearização de descontos relativos aos impactos do Covid-19 durante o 2T20.
Devido à suspensão temporária das operações dos shoppings, a companhia cancelou a cobrança de aluguel em abril e maio, e para junho, foi cobrado o aluguel variável proporcional aos dias de operação. Além disso, as ações para redução da taxa de condomínio e das taxas do fundo de promoção foram continuadas.
Hotéis e Restaurantes.
Assim como visto nos shoppings, os hotéis e restaurantes passaram boa parte do 2T20 com as atividades suspensas. Dessa forma, no trimestre, os indicadores do segmento foram impactados pela evolução do Covid-19: diária média (+0,3% a/a), revpar (-66,0% a/a), taxa de ocupação (-34,9 p.p. a/a), couvert médio (-21,7% a/a) e número de couverts (-88,0% a/a).
Consequentemente, a receita líquida diminuiu 88,2% a/a, enquanto a margem EBITDA ajustada decresceu 236,1 p.p a/a.
Incorporação.
A receita líquida atingiu R$ 231,8 milhões (+389,1% a/a), decorrente principalmente do aumento das vendas da Fazenda Boa Vista. A margem bruta foi de 78,8% (ante 49,6% no 2T19), apesar de maiores custos decorrentes das vendas da Fazenda Boa Vista e do reconhecimento dos custos com obras. Assim, a margem EBITDA ajustada atingiu 75,3% (+33,4 p.p. a/a).
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito preparado por KAMILA OLIVEIRA, integrante do BB Investimentos