Diário do Mercado na 6ª feira 14.02.2020
Ibovespa recua com menor volume antes de feriado nos EUA
Comentário.
O O índice brasileiro terminou em baixa no dia, descolado dos ganhos dos índices S&P500 e Nasdaq de Nova York. Em suma, a cautela dos investidores prevaleceu diante ainda dos temores relacionados à evolução dos casos do coronavírus na China e em véspera de final de semana prolongado, visto que na próxima 2ª feira, 17.02 é feriado nos EUA (“Dia do Presidente”), que foram determinantes para o comportamento mais comedido que levou ao menor volume financeiro da semana na bolsa doméstica.
Também contribuiu para um ambiente interno não favorável a divulgação do índice de atividade econômica do Banco Central, cujo somatório geral das revisões dos dados do segundo semestre do ano passado terminou sendo para baixo.
Entretanto, vale ressaltar novamente que o Ibovespa, desde o dia 27 de janeiro, após a confirmação da doença na China, desceu de patamar e passou a circundar os 115 mil pts com maior volatilidade, mesmo com recordes históricos de pontuações dos índices de Nova York neste período.
No Brasil, o dólar comercial baixou para a R$ 4,3000 (-0,76%), após nova intervenção do Banco Central. Os juros futuros caíram como um todo, com o dado de atividade econômica.
Ibovespa.
O índice iniciou oscilante com pequena baixa, que se acentuou após uma hora e meia de negócios. Na maior parte da tarde, ficou circundando sua pontuação de fechamento com curtas variações.
O Ibovespa fechou aos 114.380 pts (-1,11%), acumulando +0,54% na semana, +0,55% no mês, +1,09% no ano e +16,70% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 19,7 bilhões, sendo R$ 17,7 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 12 de fevereiro, a Bovespa contabilizou retirada líquida de R$ 199,625 milhões em capital estrangeiro, acumulando saldos negativos de -R$ 6,210 bi no mês e de -R$ 25,368 bi no ano.
Agenda Econômica.
No Brasil, o índice de atividade econômica do Banco Central, considerado um proxi do PIB, registrou variação de -0,27% em dezembro de 2019, mas o número de novembro foi revisado de +0,18% para -0,11%. Já em relação a dezembro de 2018, oscilou +1,28%, mas o dado de novembro-19 / novembro-18 foi revisto de +1,10% para +0,76%. O indicador acumulou +0,89% (sem ajuste) em 2019.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) decaiu firmemente após às 10h30 com a postura do Banco Central. A autoridade monetária interveio novamente através de leilão de swap cambial com 20.000 contratos (US$ 1,0 bilhão, além de efetuar a rolagem de outros 13 mil contratos (US$ 650 milhões).
A moeda fechou a R$ 4,3000 (-0,76%) e recuou -0,46% na semana (após seis altas semanais seguidas), acumulando +0,37% no mês, +6,86% no ano e +15,62% em 12 meses.
Risco País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) cedeu a 95 pts (96 pts ontem).
Juros.
Os juros futuros caíram, derrubando como um todo sua curva de estrutura a termo, refletindo os dados de atividade do Banco Central, que vieram abaixo das expectativas dos analistas. Em relação ao pregão anterior, assim findaram as taxas:
DI janeiro/2021 em 4,23% de 4,26%;
DI janeiro/2022 em 4,73% de 4,83%;
DI janeiro/2023 em 5,27% de 5,41%;
DI janeiro/2025 em 5,96% de 6,08%;
DI janeiro/2027 em 6,33% de 6,44%.
Agenda.
Brasil: Balança comercial, IPC FIPE, IGP-M 2a prévia, Confiança do Consumidor - FGV, IPCA-15, Dados do setor externo;
EUA: Construção de casas novas, Licenças para construção, FOMC - Ata da reunião, Índice antecedente, PMI Manuf.;
Alemanha: PMI Manuf.;
França: IPC;
Reino Unido: IPC, PMI Manuf.;
Zona do euro: PMI Manuf., IPC;
Japão: PIB, Prod. ind.;
China: Financ. Agregado, Novos emprést., Loan Prime Rate.
Empresas. Calendário de Balanços de Empresas 4T19 – vide página 5 no anexo.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira 14.02.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T integrante do BB Investimentos