CARTEIRA DE DIVIDENDOS
Perspectivas - Dezembro/2019
by BB Investimentos
Internamente, acreditamos na manutenção da taxa Selic no piso histórico atual, pelo menos, ao longo de 2020 e que a inflação permaneça dentro da meta de 4,00%. Ademais, estimamos um crescimento mais robusto do que o de 2019, com avanço do investimento privado, bem como elevação dos lucros das companhias.
Em paralelo, é esperado que o Governo prossiga aprovando as reformas necessárias e que o Brasil tenha o rating soberano elevado - que já foi posto em perspectiva positiva em dezembro.
Panorama Doméstico
No Brasil, a reforma da Previdência foi o tema central do ano. O mercado foi precificando-a positivamente à medida que sua percepção de aprovação ia se consolidando – fato concretizado no dia 23 de outubro, com promulgação no dia 12 de novembro de 2019.
O IPCA seguiu em declínio, com os analistas projetando que encerraria o ano abaixo da meta estabelecida de 4,25%. Assim, a inflação ao consumidor sob controle abriu espaço para o Banco Central cortar ao longo do 2º semestre a taxa básica de juros (Selic) para pisos históricos cada vez menores, terminando em 4,50% a.a. em 2019.
A queda na taxa de juros deu impulso à migração de recursos da renda fixa para a renda variável, com o Ibovespa tendo trajetória ascendente e renovando recordes históricos desde julho deste ano.
O crescimento de +0,6% do PIB 3T19 ante o 2T19 foi bem recebido, assim como os resultados de empresas do 3T19. Acreditamos que os fundamentos econômicos sigam suportando e dando consistência à tendência de alta do Ibovespa, podendo ocorrer uma alavancagem maior com o retorno do capital externo.
Panorama Internacional
A tônica global girou ao redor da “guerra comercial” entre Estados Unidos e China desde março deste ano. Os mercados flutuaram ao sabor das notícias, sendo que um acordo inicial “fase 1” foi sacramentado em 13 de dezembro. Independente disto, o Fed, com inflação distante da meta de 2,0%, baixou a taxa de juros em 75 pts-base no 2º semestre, para o intervalo entre 1,50% e 1,75%. Assim, os índices acionários de Nova York subiram e ampliaram sucessivos recordes históricos a partir de outubro, apoiados também,, na expectativa de resolução do imbróglio comercial.
Carteira Proativa
A carteira Proativa inclui um portfólio de empresas voltadas tanto para uma abordagem mais tradicional - com ênfase conjuntamente no múltiplo dividend yield e em juros sobre capital próprio, como em tempestivas oportunidades de mercado, levando em consideração também a propensão futura das companhias de auferir e distribuir maiores lucros.
Assim, ponderou-se entre empresas que historicamente distribuem dividendos e juros sobre capital de modo consistente e com maiores rentabilidades, bem como entre aquelas cujas perspectivas são de apresentar melhores resultados nos próximos exercícios, levando em consideração também o panorama econômico futuro estimado pelos analistas e pelo mercado como um todo.
O portfólio terá seu comportamento observado mensalmente, mas não haverá periodicidade fixa para sua alteração. Um acompanhamento contínuo para recomendações de adições ou subtrações de ativos terá procedimento, analisando as divulgações de resultados trimestrais e fatos relevantes que possam alterar a percepção sobre o objetivo proposto. Obviamente, mudanças nas cotações das ações serão avaliadas.
A carteira Proativa tem como Benchmark o IDIV – índice Dividendos Bovespa.
obs: até 20 de dezembro de 2019
Confira no anexo a íntegra do estudo a respeito preparado pela equipe do BB Investimentos, HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, Gerente de Equipe, RENATO ODO, CNPI-P, e VICTOR PENNA, CNPI, Assessor Sênior, Gerente de Pesquisa.