Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Meio Ambiente

Terça-Feira, Dia 03 de Dezembro de 2019 as 17:12:59



MUDANÇAS CLIMÁTICAS forçam 20 milhões por ano a deixarem suas casas


 
Mais pobres contribuem para poluição mas são os que mais sofrem
 
Os desastres climáticos tornaram-se a principal causa da deslocação de pessoas em todo o mundo na última década e forçaram mais de 20 milhões por ano a deixarem as suas casas, alertou hoje a organização não governamental internacional Oxfam.
 
A organização apresentou hoje o relatório com o título "Obrigados a deixar as suas casas", coincidindo com o dia em que começa, em Madrid, a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, que se prolonga até dia 13 e abordará temas como o apoio financeiro às comunidades afetadas pelos desastres naturais, inclusive aos deslocados afetados pela crise climática.
 
O documento da Oxfam adverte que atualmente é "três vezes mais provável que alguém seja forçado a deixar a sua casa por ciclones, inundações ou incêndios florestais do que por conflitos, e até sete vezes mais do que por terremotos ou erupções vulcânicas".
 
Segundo a ONG, que analisou dados de 2008 a 2018, a Espanha é o terceiro país da Europa, depois da República Checa e da Grécia, com maior risco de a sua população ser forçada a deslocar-se por desastres provocados pelo clima.
 
Em particular, a Oxfam destacou no relatório que os mais vulneráveis são os cidadãos dos países pobres, que, apesar de serem "os que menos contribuíram para a poluição causada pelo CO2, são os que estão em maior risco".
 
De acordo com a organização, o impacto da crise climática no mundo é desigual e a população dos países de rendimento médio-baixo e baixo, como Índia, Nigéria e Bolívia, tem quatro vezes mais probabilidades de ser forçada a deslocar-se como resultado de desastres naturais do que a que vive em países ricos, como os EUA.
 
Além disso, sete dos dez países com maior risco de movimentos internos de populações resultantes de fenômenos meteorológicos extremos são pequenos estados insulares em desenvolvimento.
 
Entre 2008 e 2018, em média, cerca de 5% da população de Cuba, República Dominicana e Tuvalu foi obrigada a deslocar-se, por ano, devido às condições climáticas extremas.
 
"O equivalente a quase metade da população de Madrid", destacou a Oxfam, acrescentando que as emissões per capita destas áreas são "um terço das emissões de países de rendimento elevado".
 
O diretor executivo interino da Oxfam International, José María Vera, disse que são as "pessoas mais pobres, dos países mais pobres, que pagam o preço mais alto".
 
Na conferência sobre o clima, espera-se que a ONU conclua a primeira revisão do Mecanismo Internacional de Varsóvia para Perdas e Danos, e ainda que os países em desenvolvimento
 
"impulsionem a criação de um novo fundo para ajudar as comunidades a recuperarem-se e a reconstruírem os seus bens após as emergências climáticas. Os governos podem e devem tornar a Cimeira de Madrid importante. Devem comprometer-se a reduzir as emissões mais rapidamente e com mais força e a criar um novo fundo para perdas e danos que ajudará as comunidades pobres a recuperarem-se das consequências dos desastres climáticos",
 
concluiu José María Vera.


Fonte: AGENCIA BRASIL

 
Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
22/05/2014
CÓDIGO FLORESTAL - Ambientalistas apontam falhas
 
14/05/2014
ENERGIA - EUA inauguram a maior usina solar do mundo na Califórnia
 
11/05/2014
SISTEMA CANTAREIRA - Nível da água atinge 8,9%, aponta Sabesp
 
29/04/2014
CRISE HÍDRICA - Menor nível dos reservatórios desde 2001
 
23/04/2014
CAÇA ÀS BALEIAS - 60% dos japoneses são favoráveis, revela pesquisa
 
14/04/2014
CHUVAS - Escassez provocou 3ª pior vazão dos reservatórios
 
14/04/2014
BRASIL - Eclipse lunar poderá ser visto na madrugada de 3ª feira
 
07/04/2014
RIO MADEIRA - 700 estrangeiros socorridos na enchente em aviões fretados pelo governo
 
04/04/2014
CHILE - Novo terremoto, desta vez de 6,2 graus Richter
 
04/04/2014
CHILE - Atividades sísmicas continuam intensas
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites