Diário do Mercado na 3ª feira, 10.09.2019
Ibovespa tem trajetória errática, sem maiores notícias novas
Comentário.
O índice brasileiro não conseguiu se firmar em alta, terminando com leve baixa após quatro pregões consecutivos positivos. Entre as blue chips, os papéis do setor de bancos terminaram pesando, enquanto as ações da Petrobras e da Vale encerraram positivas.
Sem maiores explicações, o setor de educação respondeu pelas duas maiores altas nominais no dia. Já na parte negativa, os papéis do setor de varejo foram penalizados por conta de nova investida da gigante internacional Amazon no mercado doméstico.
Externamente, as bolsas de Nova York encerraram com sinais divergentes, com o mercado já tendo precificado a redução dos juros nos EUA na resolução do próximo dia 18 de setembro pelo Fed. Os agentes estão aguardando para a próxima quinta-feira, dia 12 de setembro, a decisão do BCE (Banco Central Europeu) sobre política monetária, que servirá de termômetro da sensibilidade do mercado, que monitorará tanto a postura do órgão, como declarações de seu presidente.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 4,0950 (-0,07%). Os juros futuros curtos recuaram, os médios ficaram “de lado” e os longos findaram com pequenas altas.
Ibovespa.
O índice denotou trajetória errante, terminando por arrefecer, não conseguindo escapar dos fechamentos próximos da estabilidade das bolsas de Nova York.
O Ibovespa fechou aos 103.031 pts (-0,14%), acumulando +0,09% na semana, +1,88% no mês, +17,23% no ano e +34,79% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 17,376 bilhões, sendo R$ 16,217 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 6 de setembro (último dado disponível), a bolsa teve retirada líquida de -R$ 281,246 milhões em capital estrangeiro, com o saldo negativo passando a -R$ 2,026 bilhões no mês. Em 2019, a saída líquida acumulada situa-se em -R$ 23,256 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a primeira prévia do IGP-M mostrou deflação de -0,60% em setembro ante -0,65% na primeira prévia de agosto. Os seus subíndices assim variaram: o IPA-M em -0,95% (-1,02% na 1ª prévia de agosto); o IPC-M em -0,09% (+0,04% na 1ª prévia de agosto); e o INCC-M em +0,50% (+0,11% na 1ª prévia de agosto). O indicador passou a acumular +3,47% no ano e +2,75% em 12 meses.
Câmbio e CDS.
O dólar terminou de lado em relação ao real, seguindo o comportamento da divisa no mercado internacional de moedas, mas chegou a apresentar alta pela manhã.
A moeda fechou cotada R$ 4,0950 (-0,07%), variando +0,37% na semana, -1,13% no mês, +5,68% no ano e +0,29% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil 5 anos passou a 124 pts versus 123 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros tiveram um dia de ajustes. Os vencimentos curtos recuaram, os intermediários quase estáveis e os longos com pequena alta. Sem fatos novos no dia, o norteador foi a percepção sobre a queda da taxa Selic na decisão do Copom no próximo dia 18 de setembro.
Em relação à sessão anterior, fecharam: DI janeiro/2020 estável em 5,31%; DI janeiro/2021 em 5,35% de 5,34%; DI janeiro/2023 em 6,45% de 6,42%; DI janeiro/2025 em 7,01% de 6,98%; DI janeiro/2027 em 7,33% de 7,30%.
Agenda.
Brasil: IPC FIPE - Semanal, Venda ampla varejo, Atividade econômica;
EUA: IPC, Novos pedidos seguro-desemprego, Orçamento mensal, adiantamento de vendas no varejo, Índice confiança consumidor Univ Michigan;
Alemanha: IPC;
França: IPC;
Reino Unido: Produção industrial;
Zona do euro: Produção industrial;
Japão: Produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 10.09.2019, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos.
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