Diário do Mercado na 6ª feira, 30.08.2019
Ibovespa reage na última semana, mas fecha agosto em baixa
Comentário.
O índice doméstico performou seu quarto pregão positivo, se descolando do fraco desempenho das bolsas de Nova York no dia. O “efeito final de mês” prevaleceu, induzindo recuperação da firme baixa anterior ocorrida ao longo do mês.
Nesta semana, houve trégua na guerra comercial entre EUA e China e a distinção dos investidores entre a situação do Brasil e da Argentina. Já os índices acionários de Wall Street, que já vinham patinado em campo negativo desde o início de agosto, findaram o mês em baixa. Vale lembrar que segunda-feira (“Dia do Trabalho”) - dia 2/set - será feriado nos EUA.
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 4,1420 (-0,67%), mas teve valorização de 8,46% em agosto – sendo a maior desde setembro de 2015. Já a curva da estrutura a termo da taxa de juros teve firme recuou como um todo, devolvendo parte da elevação na semana.
Ibovespa.
O índice abriu ascendente e pouco depois passou a oscilar com pequenas variações, basicamente, já ao redor de sua pontuação de fechamento.
O Ibovespa fechou aos 101.134 pts (+0,61%), acumulando +3,55% na semana, -0,67% no mês, +15,07% no ano e +32,37% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 21,955 bilhões, sendo R$ 20,770 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 28 de agosto (último dado disponível), a bolsa teve entrada líquida de R$ 73,170 milhões em capital estrangeiro, com a retirada líquida passando a R$ 12,099 bilhões no mês. Em 2019, o saldo acumulado está negativo em R$ 22,533 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a taxa de desemprego recuou para 11,8% no trimestre até julho, baixando recuou 0,6 p.p. frente ao 12,5% no trimestre até abril de 2019 e baixando 0,55 p.p. em comparação com 12,3% de semelhante trimestre do ano passado.
A população desocupada caiu para 12,6 milhões de pessoas ante o trimestre até abril e praticamente estável em comparação com os 12,8 milhões do mesmo período de 2018.
Já a população ocupada de 93,6 milhões de pessoas, passando a ser a maior da série histórica, avançando 1,3% em relação ao trimestre até abril e subindo +2,4% sobre igual trimestre do ano passado.
Nos EUA, o núcleo do PCE – monitorado pelo Fed – permaneceu em 1,6% (A/A). Já índice de confiança do consumidor da Univ. Michigan cedeu a 89,8 em agosto ante 92,1 de julho.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana fechou em baixa contra o real, em dia de formação de PTAX (que precifica os contratos cambias que vencerão no próximo dia útil), acompanhando o mercado internacional, no qual algumas moedas de países emergentes se valorizaram.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 4,1420 (-0,67%), variando +0,44% na semana, +8,46% no mês, +6,89% no ano e +-0,29% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil 5 anos passou a 136 pts de 138 da véspera.
Juros.
Os juros encerraram a sessão regular em firme baixa ao longo de toda a sua curva de estrutura a termo, acompanhando o recuo do dólar e devolvendo parte da alta anterior ocorrida ao longo da semana.
Em relação à sessão anterior, assim findaram: DI janeiro/2020 em 5,42% de 5,47%; DI janeiro/2021 em 5,53% de 5,62%; DI janeiro/2023 em 6,58% de 6,72%; DI janeiro/2025 em 7,11% de 7,22%; DI janeiro/2027 em 7,40% de 7,52%.
Para a próxima semana.
Brasil: PMI Manufatura, Balança comercial mensal, Util. Cap Instalada/CNI, IPC FIPE – mensal, Produção industrial;
EUA: PMI manuf., ADP emprego privado, Produtividade não agricola, Custo da mão-de-obra, Pedidos de fábrica, Pedidos de bens duráveis, Payroll - Criação de vagas na economia, Taxa de desemprego;
Alemanha: PMI Manufatura, Produção industrial;
França: PMI manufatura;
Reino Unido: PMI Manufatura,
Zona do euro: PMI Manufatura, PIB.
Confira a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 6ª feira, 30.08.2019, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, integrante do BB Investimentos