Proclamado meritoriamente como "Decano" entre seus pares no STF, o ministro Celso de Mello, qualificou as ocorrências em julgamento na Ação Penal 470 como
"um dos episódios mais vergonhosos da história política do País", operado por "homens que desconhecem a República, pessoas que ultrajaram as suas instituições e que, atraídos por uma perversa atração do controle criminoso do poder, vilipendiaram os signos do Estado Democrático de Direito e desonraram com seus gestos ilícitos e ações marginais a ideia que consignam o republicanismo na nossa Constituição".
Ao ler seu voto, o Ministro Censo de Mello referiu-se aos acusados como um grupo reunido para a prática de crimes de lavagem de dinheiro, contra a administração pública, peculato e corrupção, e contra o sistema financeiro, por gestão fraudulenta de banco.
"Tenho, para mim, que, neste perfil, reside a verdadeira natureza dos membros dessa quadrilha, que, em certo momento histórico de nosso processo político, ambicionou tomar o poder, a constituição e as leis do País em suas próprias mãos. Isso não pode ser tolerado",
afirmou o Ministro Celso de Mello.
"Ninguém tem legitimidade para transgredir as leis e a Constituição de nosso país. Ninguém está acima da autoridade do ordenamento jurídico do estado".