"Prevaleceu a corrida armamentista e a intimidação através de armas nucleares ou de destruição em massa por parte dos poderes hegemônicos",
afirmou Ahmadinejad em seu último discurso na ONU, na 3ª feira, 25.09, ocasião em que declarou que o Irã se encontra sob ameaça nuclear e de ação militar de Israel e dos EUA.
Seu discurso sofreu o boicote dos representantes dos EUA, de Israel e contou também com a retirada dos canadenses durante seu discurso.
Em suas pesquisas nucleares, o Irã vem ampliando os indicadores de enriquecimento de urânio, intensificando com isso as suspeitas por parte de Israel e dos EUA de que seu objetivo é o desenvolvimento de arsenal atômico. Autoridades iranianas refutam a tese e insistem em declarar objetivos pacíficos para esse empreendimento, tais como a produção de energia e aplicações medicinais.
Às portas da sua reeleição, o governo Barac Obama adota medidas consistentes com o refreamento de ações bélicas preventivas por Israel, cujas autoridades, mal acostumadas pelo governo Bush Filho e seu preceito de guerra preventiva, têm demonstrado inúmeras vezes sua impaciência com o comedimento bélico de Barac Obama.
As medidas de governo Obama situam-se no ambiente não-bélico tradicional e estendem-se aos serviços de inteligência dos EUA, com suas operações ocultas, tais como aquela denominada “Olympic Games”, uma cyberoperação por meio da qual foram infectados os computadores e sistemas das usinas atômicas da Irã. Segundo o NYTimes, uma nova operação do gênero estaria sendo preparada pelos serviços de inteligência de Israel e dos EUA.
De qualquer modo, a AIEA Agência Internacional de Energia Atômica, organismo da ONU que jamais conseguiu realizar inspeções em usinas nucleares e arsenais atômicos dos EUA e de Israel, informou na semana passada que o Irã duplicou sua capacidade de enriquecimento de urânio na usina subterrânea iraniana de Fordo, trunfo obtido a despeito das ameaças israelenses de ação militar e das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.