Diário de Mercado na 6ª feira, 15.12.2017
Bolsas de NY sustentam ganhos do Ibovespa
Resumo.
O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira com ligeira alta de +0,25%, avanço insuficiente para impedir recuo de -0,17% acumulado em semana marcada por significante volatilidade.
Os ganhos no índice doméstico - após duas quedas relevantes - foram puxados essencialmente pelas positivas bolsas de NY – com a retomada do otimismo do mercado em relação à aprovação da reforma tributária do governo Trump.
No cenário político doméstico, foi sedimentado o adiamento da votação da reforma da previdência para 2018, aumentando a cautela dos agentes no tocante ao cenário fiscal e à eventual piora nos ratings do país pelas agências de classificação de risco.
Ibovespa.
Após principiar o pregão operando com ligeira queda, o índice rumou ao campo positivo até atingir a máxima intradiária, ainda pela manhã, aos 73.068 pts (+0,88%).
A partir daí o Ibovespa sofreu oscilações de amplitude restrita, encerrando, ainda, com ligeira valorização. Vale, Banco do Brasil e Itaú fecharam com ganhos. Na outra ponta, Bradesco e Ambev registraram desvalorização.
O Ibovespa encerrou aos 72.607 pts (+0,25%), acumulando -0,17% na semana, +0,88% no mês, +20,56% no ano e +24,34% em 12 meses. O robusto volume preliminar da Bovespa foi de R$ 17,565 bilhões, sendo R$ 17,311 bilhões no mercado à vista – cabe ressaltar o incremento do volume em razão do IPO da distribuidora BR.
Capitais Externos na Bolsa.
Na 4ª feira, 13.12, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 78,950 milhões na bolsa, aumentando o saldo positivo de dezembro para R$ 552,059 milhões. No ano, o ingresso líquido de capital estrangeiro acumula R$ 10,284 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o volume de serviços prestados (IBGE) recuou -0,3% na comparação out/17 – out/16, ante queda de -3,2% na leitura anterior – sendo o consenso de -0,8%. Nos EUA, a produção industrial registrou alta de +0,2% em novembro, contra +1,2% em outubro – ligeiramente abaixo da projeção de +0,3%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou praticamente durante toda a sessão com depreciação frente ao real. A moeda brasileira apresentou bom desempenho dentre as principais divisas.
O dólar encerrou próximo à mínima, cotado a R$ 3,3070 (-0,87%), acumulando +0,33% na semana, +1,13% no mês, +1,69% no ano e -1,87% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos desceu a 166 pts, ante 168 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com ajustes próximos à estabilidade, nas taxas de médio e longo prazos os ajustes tiveram viés de baixa. A depreciação do dólar após seguidas altas influenciou o comportamento da curva.
Para a próxima semana.
Brasil: coleta de impostos, IGP-M Inflação 2a. Prévia, atividade econômica, balança comercial semanal, confiança do consumidor/CNI, CAGED (Criação de empregos formais), IPC FIPE, dados do setor externo, dívida federal, IPCA-15 Inflação IBGE, Relatório de Inflação Banco Central 4T, TJLP, Confiança do Consumidor/FGV e dados de credito;
EUA: construção de casas novas, licenças p/construção, vendas de casas usadas, PIB anualizado, consumo pessoal, índice antecedente, renda pessoal, gastos pessoais, PCE (núcleo), pedidos de bens duráveis, vendas de casas novas, índice de confiança do consumidor Univ. de Michigan;
Alemanha: confiança do consumidor;
França: PIB;
Reino Unido: zona do euro: IPC;
Japão: balança comercial, BOJ taxa de juros.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 13.12, elaborado por José Roberto dos Anjos, CNPI-P, e Ricardo Vieites, CNPI, ambos do BB Investimentos