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Economia e Finanças

07 de Setembro de 2017 as 19:12:28



POUPANÇA rende menos com nova Selic, mas continua a ganhar da inflação


Poupança rende menos com nova Selic, mas continua a ganhar da inflação
 
 
A oitava redução seguida nos juros básicos da economia terá impacto sobre o bolso de quem investe as economias na mais tradicional aplicação financeira do país. A queda da taxa Selic para 8,25% ao ano, anunciada em 06.09 pelo COPOM Comitê de Política Monetária, mudou o cálculo do rendimento da poupança, que diminuirá. Mesmo assim, a caderneta continuará rendendo mais que a inflação e a maioria dos fundos de investimento.
 
Pela regra em vigor desde maio de 2012, quando a Selic fica igual ou acima de 8,5% ao ano, a caderneta rende 6,27% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), tipo de juro variável. Abaixo de 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic.
 
Com a diminuição dos juros básicos para 8,25% ao ano, a poupança passará a render 5,78% ao ano. Mesmo com o rendimento menor, o investidor não perderá dinheiro porque a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava em 2,46% nos 12 meses terminados em agosto, no menor nível nessa comparação desde fevereiro de 1999.
 
Não necessariamente todo o saldo da poupança passará a ser corrigido pelo novo cálculo. Os depósitos feitos até 3 de maio de 2012, data em que foi publicada a medida provisória que alterou os rendimentos da poupança, continuarão a render 6,27% ao ano mais a TR, independentemente da taxa Selic em vigor. O correntista pode verificar, nos extratos bancários, a parcela depositada em cada um dos períodos.
 
 
Equilíbrio nos investimentos
 
Segundo o diretor-executivo da ANEFAC Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Miguel de Oliveira, em 2012, o governo precisou mudar o cálculo do rendimento da poupança para evitar um desequilíbrio no mercado financeiro.
 
Caso a poupança continuasse a render pela regra antiga, ninguém aplicaria nos fundos de investimento quando a Selic caísse abaixo de 8,5% ao ano.
 
Segundo Oliveira, como os fundos são um dos principais compradores de títulos públicos federais, o governo correria o risco de não conseguir vender os papéis no mercado e não conseguir dinheiro para rolar (renovar) a dívida pública.
 
De acordo com o diretor da Anefac, a baixa inflação e o fato de a poupança ser isenta de Imposto de Renda e de taxa de administração farão a poupança continuar atrativa. Pelas simulações da entidade, mesmo com a mudança nas regras, a caderneta continuará a render mais que os fundos em quase todos os casos.
 
Apenas nos casos em que a taxa de administração for inferior a 1%, os fundos serão mais atrativos”,
 
calcula o diretor-executivo da Anefac. De acordo com ele, as simulações mais recentes mostram que a poupança leva vantagem em todos os prazos de aplicação. Além da taxa de administração, os fundos cobram Imposto de Renda de 15% a 22,5% dependendo do prazo de aplicação.


Fonte: AGENCIA BRASIL





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