EUA atacaram base aérea na Síria em resposta ao uso de armas químicas, diz Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na 5ª feira, 06.04, que ordenou um ataque militar a uma base aérea na Síria. Trump afirmou que a ofensiva é uma resposta ao uso de armas químicas pelo governo do presidente Bashar Al Assad na 3ª feira, 04.04.
Imagem de Missel dos EUA em direção ao
aeroporto sírio - Imagem divulgada pelo Pentagono
Segundo o presidente, com o ataque químico, Assad “sufocou a vida de muitos homens, mulheres e crianças indefesas”.
“Foi uma morte lenta e brutal para muitos”.
Trump disse que o ataque foi feito contra a mesma base aérea de onde o governo de Bashar Al Assad lançou o ataque químico.
Mapa da Síria que apresenta os locais do ataque químico, de 3ª feira,
e da base aérea síria bombardeada pelas forças do EUA, na 5ª.
Trump disse que é do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e deter a proliferação do uso de armas químicas mortais.
“Não pode haver nenhuma dúvida de que a Síria utilizou armas químicas banidas, violou suas obrigações perante a Convenção sobre as Armas Químicas e ignorou os pedidos do Conselho de Segurança”,
disse Trump.
Caracterização técnica dos mísseis Tomahawk
O presidente também disse que
"chama todas as nações civilizadas para se juntar aos Estados Unidos para colocar um fim ao massacre e ao derramamento de sangue na Síria e para colocar um fim ao terrorismo de todos os tipos”.
Relatos da mídia norte-americana dizem que foram mais de 50 mísseis Tomahawk lançados contra a Síria e que os Estados Unidos teriam informado a Rússia sobre a iminência do ataque.
Na 5ª feira, 05.04, o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu para debater o ataque químico, porém, mais uma vez, a votação de uma resolução foi barrada por oposição da Rússia – o país já barrou, ao lado da China, sete tentativas de aprovar uma resolução condenando o regime de Bashar Al Assad.
Na reunião dessa 4ª feira, a representante dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, havia dito que, quando a ONU
“falha consistentemente em seu dever de agir coletivamente, há momentos na vida dos Estados que nós somos levados a agir por conta própria”,
o que já sinalizava para uma possível ação militar dos EUA.