Diário do Mercado na 4ª feira, 07.12.2016
Ibovespa superou questão política doméstica e foi beneficiado por recordes de índices em Nova York.
O Ibovespa terminou em 61.414 pts (+0,53%), acumulando +1,82% na semana, -0,79% no mês, +41,67% no ano e +38,81% em 12 meses. As ações da Vale ajudaram a garantir um fechamento positivo, se contrapondo aos papéis da Petrobras e mais alguns do setor de bancos, que pesaram hoje.
O robusto giro financeiro da Bovespa foi de R$ 8,27 bilhões, sendo R$ 7,90 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, em 5 de dezembro, a bolsa brasileira apresentou retirada líquida de capital externo de R$174,2 milhões, acumulando agora saída de R$ 490,268 milhões no mês, mas, ingresso de R$14,5 bilhões no ano.
STF e Senado
O mercado doméstico esteve monitorando uma questão política interna que acabou dirimida pelo STF Supremo Tribunal Federal, que manteve na presidência do Senado o senador Renan Calheiros.
Os agentes consideraram que esta definição também propicia mais agilidade na votação da PEC do teto dos gastos naquela casa. Ademais, não havia no dia nenhum indicador de maior relevância no Brasil e no exterior que pudesse mexer com os mercados.
Assim, o índice doméstico avançou de início e até se aproximou dos 62 mil pts na primeira hora de negócios. Todavia, depois, arrefeceu o movimento, mas, operou sempre acima dos 61 mil pts e permaneceu positivo quase a totalidade do pregão – tão somente, por alguns instantes, tocou em campo negativo no momento do julgamento pelo STF da liminar referente à presidência do Senado, para em seguida avançar novamente em direção ao fechamento.
O comportamento na sessão também foi favorecido pelo melhor humor externo – os índice acionários de Nova York, Dow Jones e S&P500, tornaram a bater recordes históricos hoje, inclusive, de modo expressivo.
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), domesticamente, o IGP-DI de novembro variou +0,05%, versus +0,13% em outubro – consenso em 0,00%. O indicador passou a acumular +6,30% em 2016 e +6,77% em 12 meses. Os seus três subíndices assim oscilaram: o IPA-DI em -0,01% (+0,04% em outubro); o IPC-DI em +0,17% (+0,34% em outubro); e o INCC-DI, em +0,16% (+0,21% em outubro).
Na China, as reservas estrangeiras cederam para US$3,0516 trilhões em novembro, contra US$3,1207 trilhões em outubro.
Na Alemanha, a produção industrial subiu 0,3% em outubro, contra -1,8% em setembro), bem como aumentou 1,2% em relação a outubro de 2015.
Já no Reino Unido, a produção industrial caiu 1,3% em outubro (-0,4% em setembro) e recuou 1,1% em comparação com outubro de 2015.
Juros
No mercado de juros, mais um dia em que os agentes prosseguiram reajustando seus posicionamentos em direção a uma magnitude maior de corte da taxa Selic, na decisão do Banco Central em 11 de janeiro próximo. A diferença é que hoje a curva da estrutura a termo da taxa de juros foi progressivamente decaindo da ponta mais curta para a mais longa.
O STF ter dirimido dúvidas em relação à presidência do Senado contribuiu favoravelmente.
Câmbio
No mercado de câmbio (interbancário), o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,4020 (-0,44%), acumulando -1,99% na semana, +0,41% no mês, -14,11% no ano e -9,59% em 12 meses.
A divisa operou em campo negativo quase todo o pregão, mas, chegou a ficar positivo por alguns instantes na parte da tarde, no período da sessão do STF que julgou a liminar sobre a presidência do Senado.
O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN) encerrou em 296 pts, cedendo 6 pts perante os 302 pts da véspera.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportmento do mercado na 4ª feira, 07.12.2016, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, do BB Investimentos