Ibovespa sofreu realizações generalizadas com aumento da aversão ao risco pelos agentes no mercado doméstico O Ibovespa fechou aos 59.506 pts (-3,88%), acumulando -3,33% na semana e 37,27% no ano.
No primeiro pregão do último mês do ano, o índice abriu decaindo e operou em baixa ao longo de toda o dia.
Após o meio da tarde, a queda foi se acentuando, com volume, levando o índice a perder os 60 mil pts, com pressões vendedoras generalizadas.
A elevação da aversão ao risco no mercado doméstico adveio dos investidores terem considerado alguma incertezas diante de questões envolvendo votações de leis no Congresso Nacional.
De outra mão, aproveitaram essa justificativa para, simplesmente, vender e embolsar o ganho de quase 43% do índice brasileiro até o final de novembro.
Enfim, ao longo deste mês, a volatilidade no mercado acionário tenderá a advir das oscilações dos preços das commodities, destacadamente do minério de ferro e do petróleo, nos mercados internacionais. Já internamente, o mercado deverá se manter sensível, caso ainda possam existir desdobramentos de possíveis novas delações na operação lava a jato.
Capitais Externos na Bolsa
A Bovespa contabilizou vigoroso giro financeiro de R$ 12,05 bilhões, sendo R$ 11,59 bilhões no mercado à vista. No último dado disponível, em 25 de novembro, a bolsa brasileira apresentou saída líquida de capital externo de R$439,01 milhões, elevando o saldo negativo no mês para R$2,845 bilhões, com acumulado no ano cedendo a R$14,672 bilhões.
Agenda Econômica
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), domesticamente, o PMI manufatura baixou minimamente para 46,2 em novembro, versus 46,3 em outubro.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgou que a utilização da capacidade instalada cedeu para 76,6% em outubro, contra 76,9% em setembro.
A balança comercial de novembro registrou saldo positivo de US$4,758 bilhões, com exportações de US$16,220 bilhões e importações de US$11,463 bilhões. O saldo acumulado no ano atingiu US$43,282 bilhões, com exportações de US$169,307 bilhões e importações de US$126,025 bilhões. Já o superávit em 12 meses alcançou US$49,522 bilhões, com exportações de US$186,090 bilhões e importações de US$136,568 bilhões.
EUA
Externamente, nos EUA, o PMI manufatura de novembro foi de 54,1, ante 53,4 em outubro.
Europa
Já na Alemanha, França, Reino Unido e zona do euro, os PMIs manufatura foram, respectivamente, de 54,3; 51,7; 53,4; e 53,7.
A taxa de desemprego na zona do euro recuou para 9,8% em outubro, ante 9,9% em setembro – consenso em 10,0%.
China
Na noite de ontem, na China o PMI manufatura oficial subiu a 51,7 em novembro, frente a 51,2 em outubro, Porém, o PMI manufatura privado (Caixin) recuou para 50,9 em novembro, perante o 51,2 em outubro.
Juros
No mercado de juros, a curva da estrutura a termo da taxa de juros subiu como um todo, progressivamente da ponta mais curta para a mais longa, com destaque de altas a partir do DI Janeiro/19.
As elevações dos rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano (“Treasuries”) motivou a elevação, com concomitante aumento da aversão ao risco no mercado com questões políticas domésticas.
Câmbio
No mercado de câmbio (interbancário), o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,4670 (+2,33%), acumulando agora +1,76% na semana, +2,33% no mês, -12,47% no ano e -10,20% em 12 meses.
A divisa abriu em tendência ascendente e após a primeira hora da tarde, passou a oscilar com curtas variações não distante do valor de fechamento, com a elevação da aversão ao risco por parte dos investidores.
O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN) fechou em 312 pts, subindo 15 pts em relação aos 297 pts de ontem.