Diário de Mercado na 2ª feira, 21.11.2016
Em dia de vencimento de opções sobre ações e agenda fraca, valta do petróleo impulsionou a Petrobras.
Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, e
Wesley Bernabé, CNPI
O Ibovespa encerrou na máxima do dia, aos 61.070 pts (+1,85%), acumulando -5,94% no mês, +40,88% ano, +26,86% em 12 meses. A trajetória foi de rápida ascensão após sua abertura e testou algumas vezes ao longo do pregão, na parte da tarde, a casa dos 61 mil pts.
No início da hora final dos negócios, o movimento chegou a arrefecer um pouco, mas, o índice foi se recuperando logo em seguida e fechou com firme elevação.
O giro financeiro foi de R$10,81 bilhões, incluindo o exercício de opções sobre ações, que totalizou R$3,26 bilhões, sendo que o mercado à vista somou R$7,24 bilhões.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, em 17 de novembro, houve entrada líquida de capital externo de R$ 824 mil, reduzindo a saída no mês para R$2,863 bilhões e subindo o saldo acumulado no ano para R$14,653 bilhões.
No mercado doméstico, o ganho foi impulsionado pelas ações da Petrobras (PETR4: R$15,58; +7,30% - máxima do dia; PETR3: R$17,26; +5,12%), favorecidas pela subida do petróleo no mercado internacional; pelo setor de siderurgia e mineração, com a escalada da Vale (VALE5: R$2,43; +R$5,53% - máxima do dia; VALE3: R$25,83; +5,13%); e pelo setor de bancos, capitaneado pelo papel do Banco do Brasil (BBAS3: R$28,33; +7,84%), que divulgou fato relevante sobre reorganização institucional.
Mercados Internacionais
O cenário externo sustentou o avanço no dia, com as preponderantes bolsas de valores em alta pelo mundo. Nos mercados internacionais, os preços de várias principais commodities subiram e o dólar norte-americano cedeu.
Em termos gerais, parte dos temores com o chamado “Efeito Trump” parece que vai se acomodando, favorecendo a percepção em relação as economias ditas emergentes – que mais sofreram desde o triunfo do candidato republicano. Ainda não dá para afirmar se é um movimento pontual ou que se tornará uma tendência.
Vale lembrar, nos EUA , que esta é uma semana mais curta com o feriado do “Dia de Ação de Graças” (Thanksgiving Day) nos EUA, na próxima 5ª feira (24), que precede o conhecido “Black Friday” – dia de liquidação nacional com grandes descontos nas mercadorias pelos lojistas naquele país, que atrai multidões.
Agenda Econômica
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), domesticamente, a balança comercial registrou saldo positivo de US$433 milhões na 3ª semana de novembro (4 dias úteis), com exportações de US$2,792 bilhões e importações de US$2,360 bilhões.
No mês, o superávit atingiu US$1,874 bilhões, com exportações de US$8,936 bilhões e importações de US$7,062 bilhões, acumulando agora saldo positivo de US$40,399 bilhões, com exportações de US$162,023 bilhões e importações de US$121,624 bilhões.
Juros
No mercado de juros, a curva da estrutura a termo da taxa de juros decaiu firmemente como um todo, com os vencimentos dos DIs com quedas se acentuando da ponta mais curta para a ponta mais longa.
No cenário externo, o recuo das rentabilidades dos treasuries norte-americanos influenciou, assim como a baixa do dólar no mercado interno.
Câmbio
No mercado de câmbio (interbancário), o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,3520 (-1,00%), acumulando +5,05% no mês, -15,37% no ano e 9,53% em 12 meses.
Esta foi a quinta sessão de baixas, acompanhando no dia a tendência da moeda no mercado internacional. Vale ressaltar que hoje o Banco Central não interveio no mercado.
O CDS (Credit Default Swap) brasileiro de 5 anos (CBIN) cedeu 3 pts, para 309 pontos, versus 312 pts da sexta-feira passada (18).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2º feira, 21.11.2016, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, e Wesley Bernabé, CNPI, ambos analistas de investimento do BB Investimentos.