Turquia pede frente unida de países muçulmanos contra Estado Islâmico
O presidente turco, o conservador Recep Tayyip Erdogan, apelou nesta 5ª feira 19.11 à união de todos os países muçulmanos contra o grupo radical Estado Islâmico, para que os jihadistas não continuem a fazer atentados como os de Paris.
“Condeno sem reservas os terroristas que creem na mesma religião que eu e apelo a todos os dirigentes dos países muçulmanos que criem uma frente unida”,
declarou Erdogan em discurso em Istambul, durante um fórum sobre energia.
“Se não o fizermos, aqueles que atingiram Ancara atacarão em outros locais, como fizeram em Paris”,
afirmou, referindo-se aos ataques de 6ª feira 13.11 na capital francesa, reivindicados pela organização, que deixaram 129 mortos.
Erdogan insistiu na necessidade “de o mundo inteiro cooperar para adotar uma posição que impeça” os terroristas de “baterem em outras portas”.
“Se o aumento do fanatismo na Europa não for contido, acontecerão novas calamidades”,
disse.
A Turquia foi, durante muito tempo, acusada de ser complacente ou até mesmo de ajudar os grupos rebeldes que combatem o regime de Damasco.
Sob pressão de aliados e após uma série de atentados atribuídos aos jihadistas em seu território, o governo turco mudou de posição e, desde o verão, juntou-se à coligação internacional que bombardeia o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Depois do atentado em Ancara, em 10 de outubro, que deixou 103 mortos, os turcos têm intensificado as operações nas áreas jihadistas.