Pezão se diz tranquilo com pedido de arquivamento de inquérito na Lava Jato
A saída de Michel Temer da cena política, nos próximos 10 dias, o arquivamento do inquerito do governador do Rio, são sinais no sentido de se poupar o PMDB para se viabilizar a governança do País, no caso de impedimento de Dilma Rousseff.
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse nesta 6ª feira, 11.09, que recebeu "com tranquilidade" a notícia do pedido feito ontem pela Polícia Federal de arquivamento do inquérito envolvendo seu nome no STJ Superior Tribunal de Justiça.
A denúncia, que cita Pezão, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-chefe da Casa Civil do estado, Regis Fichtner, faz parte das investigações da Operação Lava Jato. Para a Polícia Federal, não há provas suficientes que possam sustentar que eles tenham recebido verba ilícita do esquema de corrupção da Lava Jato.
Em nota, o governador disse que sempre esteve à disposição da Justiça para esclarecer os fatos, e que, ainda assim, teve os sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados, com a abertura do inquérito. Em junho, o STJ havia autorizado a quebra de sigilo telefônico deles a pedido da Polícia Federal.
“Vou continuar aguardando o trâmite do processo, como fiz desde o momento em que meu nome surgiu nesse caso. Desde então, tenho dito que minha inocência será provada. Respeito a Justiça do país. Temos que saudar o fato de que todas as instituições puderam fazer as investigações em um ambiente democrático”,
disse o governador.
O processo contra os peemedebistas ainda não acabou. O Ministério Público Federal (MPF) ainda deve emitir parecer sobre o arquivamento do inquérito. A decisão final caberá ao ministro Luis Felipe Salomão, do STJ.
Em delação premiada, o ex-diretor da Petrobras e delator na Lava Jato, Paulo Roberto Costa, disse que Pezão, Sérgio Cabral e Regis Fichtner teriam recebido R$ 30 milhões, dinheiro de caixa 2, durante a campanha eleitoral de 2010.