G20 admite crescimento lento, mas espera aceleração da economia mundial
O G20 reconheceu que o crescimento da economia mundial foi mais lento do que o esperado nos últimos tempos, mas anunciou que existe por parte de seus membros confiança em uma aceleração na recuperação econômica. O encontro do G20 aconteceu neste sábado, 05.09, em Ancara, na Turquia.
“O crescimento mundial está aquém das nossas expectativas. Comprometemo-nos a tomar medidas para intensificar o crescimento econômico e, por isso, estamos confiantes que a recuperação venha a acelerar”,
declararam os ministros das finanças e os presidentes de bancos centrais. Pelo Brasil, participam o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Os ministros de fazenda e presidentes de bancos centrais se comprometeram a resistir a “todas as formas de protecionismo”, após a inesperada desvalorização da moeda chinesa (yuan) em meados de agosto, em uma tentativa do governo chinês de baratear seus produtos e elevar as exportações em queda do país.
As discussões dos membros do G20, na capital turca, centraram-se na desaceleração da economia chinesa e a vulnerabilidade de muitas economias emergentes, além da possibilidade de elevação dos juros americanos. Caso isso aconteça, existe o risco de mais elevação no valor do dólar provocada pela migração dos investimentos em busca de melhores rendimentos nos Estados Unidos.
A reunião do G20 tem chamado a atenção pela importância do grupo no cenário internacional. Na última 5ª feira, 03.09, a Câmara de Comércio Internacional (ICC na sigla em inglês) divulgou documento que indica o Brasil, Argentina, Índia e China como os países mais fechados no comércio exterior entre os integrantes do G20. Entre os mais abertos, estão a Alemanha, Canadá, Austrália e Reino Unido.
O relatório critica ainda o G20 pelas promessas de fazer do comércio o motor de crescimento e da criação de emprego, mas sem demonstrar liderança global para a abertura comercial.
O G20 é formado pelos ministros das finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia.