Renda Fixa - Mercado Secundário de Debêntures
Debêntures monitoradas apresentam valorização na semana,
enquanto os referenciais DI e NTN-B recuam
Entre os ativos monitorados, 30 papéis apresentaram variação de preço em campo positivo nesta semana – de um total de 48 ativos –, em meio a ligeira elevação do volume financeiro médio diário, observado no mesmo período. Entre as maiores altas, destacaram-se os ativos AGRU12, CART12, CART22, CMDT33, ECOV22, MRSL17, MRSL27, ODTR11, TAEE33, VALE28, VALE38, VALE48, com valorização superior a 2%.
Por outro lado, a análise gráfica revela um comportamento geral em tendência de baixa dos preços, em horizonte de curto prazo, entre as debêntures de maior liquidez. Este movimento, por sua vez, se mostra particularmente expressivo, quando comparado com o comportamento das principais taxas de referência da renda fixa brasileira, o DI futuro e a NTN-B, que apresentaram recuo na semana.
Em volume financeiro, a CSN continua na liderança neste mês de agosto, mas a segunda colocação foi assumida por Alupar, nesta última semana, em lugar da Atento Brasil.
Volumes negociados
Agosto. Até o momento, a negociação no secundário acumula R$ 1.206.429,8 mil, entre 168 séries, registrando os maiores volumes financeiros entre os títulos de Cia. Siderúrgica Nacional (CSNA15), Alupar Investimento S.A. (APAR16), MRV Engenharia e Participações S.A. (MRVE17) e Rodovias Integradas do Oeste S.A. (RVIO14) – os quais responderam, respectivamente, por 15,08%, 3,15%, 2,91% e 2,85% do volume total negociado.
Julho. No fechamento do mês de julho, os maiores volumes concentraram-se em Cielo S.A. (CIEL14), Telefônica Brasil S.A. (TFBR14) e Cia. Brasileira de Distribuição S.A. (PCARA1) – cujos volumes representaram 10,93%, 4,57% e 3,75% do total, respectivamente. O volume do mês acumulou R$ 2.886.848,8 mil, em 193 séries.
Junho. Os títulos de maior volume financeiro foram as debêntures de Oi S.A. (BRTO29, BRTO17, BRTO19 e TNLE25) e Votorantim Industrial S.A.(VOTR11), as quais responderam, respectivamente, por 53,2% e 8,1% do volume total negociado. O volume do mês totalizou R$ 6.346.601 mil, em 215 séries.
A negociação no mercado secundário sofreu declínio em volume financeiro, entre out/2014 e mar/2015, mas, nos últimos meses, vem apresentando volumes maiores e mais séries negociadas.
Os dois picos registrados em out/2013 e set/2014 constituíram movimentos mensais atípicos e pontuais, não se tratando de sazonalidade, apesar da similaridade de datas. Em set/2014, houve forte negociação de títulos da Embratel (EBTE12, com 49,56% do volume do mês, e EBTE14, com 26,32%), ao passo que em out/2013, o mercado registrou aumento pontual no volume financeiro entre diversos títulos, como os de Rio Iaco Participações S.A., Votorantim Cimentos S.A. e Ultrapar Participações S.A., entre outros.
2013
Média mensal: R$ 3.584.337,5 mil (172,4 séries)
Total no ano: R$ 43.012.049,6 mil
2014
Média mensal: R$ 4.121.560,9 mil (187,6 séries)
Total no ano: R$ 49.458.731,1 mil
2015
Média mensal: R$ 2.607.024,3 mil (193,9 séries)
Total no ano: R$ 20.856.194,7 mil
Obs.:
Dados acumulados até 19/08/2015
Desconsideram-se debêntures de empresas de leasing
Fonte: Anbima
Debêntures de Infraestrutura
Os incentivos da Lei 12.431/2011 (art. 2º) proporcionaram a emissão de 57 séries de debêntures, até junho de 2015, com volume total captado de R$ 11,746 bilhões, em prazo médio de 10 anos. Até o momento, 41% das emissões foram colocadas sob o regime de oferta pública pela instrução CVM 400 e 59%, em oferta restrita (CVM 476).
Em seu conjunto, do total das emissões aprovadas pelos Ministérios – e efetivamente colocadas no mercado – 66% se concentra no setor elétrico, seguido pelo setor de transportes com 29% e aviação civil com 3%.
Confira no anexo a íntegra do relatório "RENDA FIXA - Mercado Secundário de Debêntures", elaborado por RENATO ODO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.