Vendas de títulos públicos pela internet têm 2º melhor mês da história em junho
As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet registraram, em junho, o segundo melhor resultado da história para todos os meses. Por meio do Programa Tesouro Direto, elas somaram R$ 1,156 bilhão no mês passado. O valor só é inferior ao de maio, quando o montante havia atingido R$ 2,411 bilhões, impulsionado por uma troca de títulos vencidos naquele mês.
Os títulos mais vendidos foram os corrigidos pela inflação oficial pelo IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que concentraram 55,6% das operações. Em seguida, vieram os papéis vinculados à Selic (taxa básica de juros), que somaram 30,5%. Os títulos prefixados – com juros definidos com antecedência – representaram 12,9% das vendas.
Em junho, 13.426 novos investidores cadastraram-se no Tesouro Direto, elevando para 521.884 o total de pessoas físicas que fazem parte do programa. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula aumento de 28,4%.
Em relação ao prazo, 47,6% dos investidores compraram títulos de um a cinco anos. Os papéis de cinco a dez anos representaram 45,5% das vendas e os de mais de dez anos, 6,8%. A maior parte das aplicações, 62%, concentrou-se em títulos de até cinco anos.
Tesouro Direto
Criado em janeiro de 2002, o Programa Tesouro Direto vende títulos públicos a pessoas físicas pela internet. O cliente precisa procurar a agência bancária ou uma corretora para comprar os títulos e terá de desembolsar uma taxa de corretagem. Mais informações podem ser obtidas na página do programa na internet.
Por meio dos títulos públicos, o governo pega dinheiro emprestado de investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode acompanhar a inflação, os juros básicos, o câmbio ou ser prefixada – definida com antecedência no momento da emissão do papel.