O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, afirmou nesta 4ª feira, 29.04, que o superávit primário do Governo Central em março ficou aquém do pretendido, mas é importante porque mostra uma reversão de tendência. No mês passado, houve superávit de R$ 1,463 bilhão.
Em fevereiro, houve déficit de R$ 7,4 bilhões. O primeiro trimestre de 2015 registra superávit acumulado de R$ 4,48 bilhões.
O superávit mensal é 54,3% inferior ao de R$ 3,2 bilhões, registrado em março de 2014. O saldo positivo trimestral é 65,8% menor que o de R$ 13,1 bilhões dos três primeiros meses do ano passado. Saintive admitiu que as receitas estão em queda em função da contração na economia. Ele ressaltou, ainda, que despesas do governo contratadas no ano anterior não podem ser suprimidas imediatamente.
“[Mas] a mensagem desse resultado é que caminhamos para uma redução”,
disse.
Em março, as despesas totais do governo somaram R$ 81,132 bilhões. Os gastos registraram crescimento de 4,7% em relação a fevereiro e alta de 5,7% em comparação a março de 2014. No entanto, houve redução de investimentos do PAC Programa de Aceleração do Crescimento. Os gastos com o programa somaram R$ 2,961 bilhões no mês passado, crescendo 8,5% em relação a fevereiro deste ano, mas recuando 32,5% na comparação com igual mês de 2014.
Marcelo Saintive disse acreditar que é possível atingir a meta de superávit primário de 1,2% do PIB Produto Interno Brutoeste ano.
“Vamos perseguir a meta”,
declarou. Em 2014, o Brasil fechou o ano com o primeiro déficit primário da história nas contas do Governo Central. O resultado fiscal ficou deficitário em R$ 17,2 bilhões.