Justiça alemã diz que copiloto recebeu tratamento por tendências suicidas
O copiloto do Airbus A320 da companhia aérea Germanwings, suspeito de ter feito o avião despencar nas montanhas no Sudeste da França, recebeu tratamentos por tendências suicidas no passado, mas não recentemente, afirmou nesta 2ª feira, 30.03, a justiça alemã.
"O copiloto esteve em tratamento psicoterapêutico por tendências suicidas há vários anos, antes de ter obtido a licença de piloto",
indicou o procurador de Dusseldorf, Ralf Herrenruck. Depois disso e
"[Depois disso e] até recentemente, realizou outras consultas médicas que resultaram em afastamento por doença, mas sem terem sido atestadas tendências suicidas ou de agressividade para terceiros",
acrescentou o procurador em uma breve declaração escrita, sem dizer o motivo destas consultas e licenças médicas.
O ministério público de Dusseldorf sublinhou não ter sido encontrada qualquer carta anunciando o plano de fazer despencar um avião ou reivindicando o acidente, ocorrido em 24 de março.
"[Nada] no ambiente familiar, pessoal ou no local de trabalho" [permitiu, até aqui, reunir informações sobre eventuais motivações],
acrescentou.
Suspeição
Andreas Lubitz, de 27 anos, é suspeito de ter deliberadamente causado a queda do avião da transportadora alemã de baixo custo Germanwings, matando 150 pessoas.
Na 6ª feira, 27.03, o ministério público de Dusseldorf, onde Lubitz vivia, anunciou que o copiloto devia estar de licença médica no dia do acidente. Os investigadores encontraram atestados de incapacidade para o trabalho rasgados.
O jornal alemão Bild am Sonntag afirmou que os investigadores encontraram, no apartamento de Lubitz receitas de medicamentos, habitualmente prescritos a doentes maníaco-depressivos e grandes quantidades de soporíferos (remédios para dormir, como calmantes).