Obama diz que Rússia não pode redesenhar fronteiras da Europa
Após encontro em Washington na 2ª feira, 09.02, com a chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a crise na Ucrânia, o presidente dos EUA, Barack Obama, considerou que a Rússia "não pode redesenhar as fronteiras da Europa pela força das armas”.
“Enquanto prosseguem, nesta semana, os esforços diplomáticos, estamos absolutamente de acordo que o século 21 não pode ficar sem reação e simplesmente permitir que as fronteiras da Europa sejam redesenhadas pela força das armas”,
afirmou Obama.
Obama disse que os EUA ainda não decidiram se vão fornecer armamento para o governo ucraniano, que, desde a primavera de 2014, se confronta com uma rebelião separatista pró-Rússia no Leste da Ucrânias.
A entrega “de armamento defensivo [à Ucrânia] é uma das opções a considerar. Mas ainda não tomei uma decisão”, disse Obama. O presidente americano ressaltou que não pretende enfraquecer a Rússia.
“Não procuramos que a Rússia fracasse ou seja enfraquecida, mas, perante esta agressão e estas más decisões (…), temos de demonstrar que o mundo está unido e que imporá um preço por essa agressão.”
A chanceler alemã optou por considerar que a paz na Europa está em jogo no conflito ucraniano.
“Para quem vem da Europa, posso apenas dizer que, caso renunciemos ao princípio da integridade territorial, não teremos capacidade para manter a ordem da paz na Europa”,
alertou Angela Merkel.
Ela admitiu divergências com Washington sobre os serviços de informações norte-americanos e a função da NSA Agência de Segurança Nacional, mas defendeu a cooperação entre Berlim e Washington nesta área, em particular na luta antiterrorista.
“Em relação à NSA, ainda subsistem posições divergentes sobre algumas questões, mas, tendo em conta a dimensão da ameaça terrorista, estamos plenamente conscientes sobre a necessidade de uma estreita colaboração”,
acrescentou a chanceler alemã.