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Investimentos

28 de Janeiro de 2015 as 20:01:28



INVESTIMENTOS - Análise dos Resultados da PETROBRAS no 3º trimestre/2014


Avaliação dos Resultados da PETROBRAS no 3º trimestre de 2014
 
Sem ajustes ou baixas, mas com novas metas para 2015
 
A divulgação dos números não auditados do 3T14 não trouxe as baixas contábeis que eram esperadas pelo mercado. A administração da Petrobras optou por apresentar os demonstrativos financeiros para cumprimento de covenants sem proceder aos acertos contábeis, mesmo após recorrer à apuração do valor justo dos ativos como um dos possíveis métodos para cálculo das baixas.
 
Ajustes, impairment e outras correções não realizadas. De acordo com a companhia, nos últimos meses foram avaliadas algumas alternativas para ajustes nas demonstrações contábeis, seja pela quantificação de sobrepreços no imobilizado ou pela apuração da diferença entre o fair value dos ativos e o valor contábil. Dos R$ 188 bilhões selecionados para avaliação, os estudos conduzidos internamente e por empresas independentes apontaram uma diferença líquida de R$ 61 bilhões para baixa. Os ajustes não foram efetuados.
 
Números do 3T14.
 
A companhia apresentou lucro bruto de R$ 21 bilhões, crescimento de 11% T/T. A menor evolução dos custos (+6% T/T) em relação às receitas (+7% T/T) contribuiu para este aumento, bem como a menor participação de derivados importados. No trimestre, foi reconhecido o efeito negativo de R$ 1 bilhão referente ao contrato de importação de gás natural boliviano, compensado parcialmente pelo benefício de menor depreciação advindo do alongamento da vida útil de parcela dos equipamentos, no valor de R$ 802 milhões.
 
O resultado operacional (R$ 4,7 bilhões), no entanto, apresentou uma queda de 48% em relação ao 2T14, em função de eventos não recorrentes como a baixa das refinarias Premium I e II no valor de R$ 2,7 bilhões (projetos descontinuados) e despesas com acordos coletivos no valor de R$ 1 bilhão. O patrimônio líquido, ao final de setembro, totalizou R$ 350 bilhões, dos quais R$ 144 a título de reserva de lucros.
 
Iniciativas de curto e médio prazos.
 
Para não recorrer a novas dívidas no ano, a Petrobras reforçou que adotará as ações que havia declarado em dezembro: além da
 
(a) redução do ritmo de investimentos, principalmente daqueles com baixo retorno de caixa – como novas refinarias e novas campanhas exploratórias com retorno de longo prazo – e da
(b) possibilidade de antecipação de recebíveis, destacamos a
(c) ratificação da manutenção da política de preços dos combustíveis no mercado interno,  especialmente favorecida pela recente queda das cotações internacionais do petróleo, e a
(d) oportunidade de geração de caixa via desinvestimentos.
 
Novas metas para 2015: geração de caixa, produção e capex.
 
A companhia espera que a geração operacional de caixa fique entre US$ 28 bilhões e US$ 32 bilhões em 2015 – em linha com os últimos resultados –, partindo das premissas de brent médio entre US$ 50 e US$ 70 por barril e dólar entre R$ 2,60 e R$ 2,80, além de potencial garantia da União para os recebíveis do setor elétrico, o que permitiria sua antecipação pelos bancos.
 
A meta de crescimento da produção no ano foi fixada 4,5%, com desvio de mais ou menos 1 p.p. Em relação aos investimentos, em decorrência da redução do ritmo de projetos menos rentáveis e de payback mais demorado, a Petrobras estima dispêndios de US$ 31 bilhões a US$ 33 bilhões (redução de aproximadamente 20%).
 
Considerações.
 
Exceto pelos eventos não recorrentes, o resultado da Petrobras foi neutro, com E&P dando a maior contribuição positiva e a recente queda da cotação do petróleo beneficiando o resultado de curto prazo, mantida a política de preços.
 
Ainda que os ajustes esperados pelo mercado não tenham sido efetivados, a companhia deu uma sinalização mais clara do possível montante envolvido, algo entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões, a esperar novos desdobramentos.
 
Sob o ponto de vista operacional, acreditamos que, dos guidances divulgados, o de produção seja o mais factível, uma vez que o crescimento será suportado, predominantemente, pelo ramp-up de projetos existentes e pela interligação dos novos poços, o que reduz o risco atrelado a novas campanhas exploratórias.
 
Confira no anexo o relatório completo sobre o desempenho da PETROBRAS no 3º trimestre/2014,  assinado por WESLEY BERNABE e MARIANA PERINGER, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.
 
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: WESLEY BERNABE e MARIANA PERINGER, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS





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