Movimento do Mercado Financeiro em 18.12.2014
O Ibovespa abriu ascendente, apoiado nos futuros positivos dos índices das bolsas de Nova York, dando sequencia ao movimento ascendente da véspera – que foi dia de vencimentos de índice futuro e de opções sobre o índice. Todavia, após meio dia e meia, começou a arrefecer e por volta das 14h passou a oscilar ao redor da estabilidade, com curtas variações.
A pressão vendedora se acentuou nos 40 minutos finais do pregão, levando o índice a encerrar em baixa, sendo destaque a reviravolta negativa dos papéis da Petrobras. Enfim, algumas ações sofreram realizações de lucros depois de expressivas elevações ontem.
De outra mão, tem sido relevante para a atual trajetória declinante do índice, que teve início em 24 de novembro último, a saída de capital externo, bem como, a redução de liquidez que, normalmente, ocorre nesta época do ano.
No índice, os setores com piores desempenhos foram: Petróleo/Petroquímico; Bancos; Energia Elétrica; e Educação.
Destaques individuais negativos ponderados para: PETR4 (R$9,46; -2,07%; giro de R$852 milhões); KROT3 (R$15,80; -3,25%; giro de R$200 milhões); ITUB4 (R$34,27; -0,75%; giro de R$380 milhões); BBDC4 (R$34,71; -0,60%; giro de R$263 milhões); CCRO3 (R$15,02; -1,89%; giro de R$56 milhões); BRFS3 (R$61,50; -0,81%; giro de R$129 milhões); CIEL3 (R$39,82; -1,07%; giro de R$63 milhões); CMIG4 (R$12,35; -2,06%; giro de R$43 milhões); CSNA3 (R$5,29; -4,17%; giro de R$56 milhões); UGPA3 (R$50,40; -0,94%; giro de R$41 milhões).
O índice doméstico fechou aos 48.495 pts (-0,45%), acumulando 1,03% na semana, -11,38% no mês, -5,85% no ano e -4,09% em 12 meses. O giro da Bovespa foi de R$6,01 bilhões (R$5,78 bi no mercado à vista) e o volume do Ibovespa foi de R$4,95 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira registrou saída de capital externo de R$701,5 milhões no último dia 16 de dezembro com saldo negativo de R$2,565 bilhões no mês (-R$967,101 milhões em outubro; +R$4,225 bi em setembro; +R$1,917 bi em agosto; +R$3,482 bi em julho; +R$1,374 bi em junho; +R$5,321 bi em maio; +R$1,936 bi em abril; e +R$2,944 bilhões em março), bem como, acumulando R$19,999 bilhões em 2014.
Dólar.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,6540 (-1,78%), acumulando -0,19% na semana, +3,39% no mês, +12,65% no ano e +13,27% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas recuaram e, de modo mais expressivo, na ponta mais longa da curva da estrutura a termo da taxa de juros, dando sequencia a percepção de mercado de possível postergação de alta de juros nos EUA.
Indicadores.
No Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou que o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apura a criação de vagas formais na economia, registrou geração de 8.381 vagas em novembro, versus 69.361 postos de trabalho.
Até o momento, o indicador acumulou 938.043 vagas líquidas nos onze primeiros meses em 2014. Nos EUA, as solicitações de seguro-desemprego recuaram em 6 mil na semana até 13 de dezembro, para 289 mil, ante 295 mil (revisto de 294 mil) da semana anterior.
Agenda da semana.
No Brasil, o Caged (criação de vagas na economia) (18.12) e IPCA-15, taxa de desemprego, saldo em conta corrente, investimento estrangeiro direto, coleta de impostos e taxa de longo prazo (TJLP) (19.12); nos EUA, dados de segurodesemprego e índice antecedente (18.12).
Confira no anexo a íntegra do relatório assinado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS
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