Resultado neutro, mas boas perspectivas pela frente
Resultado Bruto.
Excluído efeito líquido positivo de R$ 14,3 milhões no 3T14 (R$ 19,3 milhões nos 9M14) dos ativos biológicos, a SLC obteve elevação de 39,1% A/A, para R$ 297,6 milhões em sua Receita Líquida e de 23,3% no CPV, obtendo alta de 145,7%, para R$ 67,6 milhões, em seu Resultado Bruto.
As principais culturas que contribuíram para esse resultado no período foram o algodão e a soja, com elevação de 64,2% e 14,3% no faturamento, respectivamente. Contudo, a elevação de 75,8% (R$ 20,5 milhões) nas despesas com vendas e de 18,1% (R$ 11,3 milhões) nas G&A consumiram boa parte desses ganhos obtidos, contribuindo para uma queda de 29,0% A/A no EBITDA.
Endividamento e resultado financeiro.
A companhia encerrou o período com dívida líquida de R$ 992,0 milhões - alta de 9,4% T/T e 31,6% A/A, correspondente a 3,3x seu EBITDA Ajustado, ante 3,2x no 3T13.
A administração da SLC visa ampliar a utilização de recursos subsidiados no intuito de reduzir o custo financeiro, bem como pretende diminuir seu ritmo de expansão nas áreas em processo de transformação, concentrando-se em áreas desenvolvidas, prezando a geração de caixa, situação bem vinda em um período de queda nas cotações das commodities.
Considerações.
Avaliamos o resultado da SLC Agrícola no trimestre como neutro. Contudo, mantemos viés positivo à companhia pelos seus fundamentos e perspectivas para o 4T14, destacando que as políticas de hedge permitirão o faturamento de 100% no algodão a USc/libra 85,6 e 99,3% na soja a US$/bushel 13,31, patamares consideravelmente superiores aos atualmente praticados no mercado.
Assim sendo, mantemos nosso preço alvo para as ações em R$ 23,60, contudo, e devido às perspectivas relacionadas às commodities, estendendo esse preço a dezembro/15.
Confira no anexo o relatório de análise do desempenho da SLC AGRÍCOLA, assinado pelo analista de investimentos
MARCIO MONTES do BB INVESTIMENTO.