Fim do impasse na Namisa?
Em comunicado enviado à CVM nesta 3ª feira, 24.11, a CSN e os sócios na Namisa (ITOCHU Corporation, JFE Steel Corporation, POSCO, Kobe Steel Ltd., Nisshin Steel Co. Ltd. e China Steel Corporation) assinaram um acordo em que combina os negócios de mineração e logística relacionados a ambas CSN e Namisa.
Caso seja aprovada pelos Conselhos de Administração das partes, a transação resultará na segregação dos ativos em uma nova empresa. A data para aprovação está prevista para ocorrer até o próximo dia 12 de dezembro.
Impasse.
Em 2008, a CSN vendeu ao consórcio asiático uma fatia de 40% dos ativos da Namisa por US$ 3,0 bilhões, junto com uma opção de venda (put) para que o consórcio pudesse vender sua participação de volta à siderúrgica, caso a CSN não cumprisse com os investimentos previstos de expansão do volume de produção para 38 milhões de toneladas anuais a partir de 2013.
Devido ao não cumprimento do acordo, a CSN e o consórcio entraram em discussão no ano passado e o impasse está sendo negociado por mais de um ano a fim de que a siderúrgica não seja obrigada a voltar a ser dona de 100% da mina, dado que esse movimento significaria um desembolso de mais de R$ 7,0 bilhões para uma empresa cujo nível de alavancagem já se encontra elevado.
Apesar da falta de detalhes, o acordo pode aparentemente envolver os ativos de Casa de Pedra, a participação de 33% na MRS e inclusive o TECAR (terminal de granéis no Porto de Itaguaí, RJ, administrado pela CSN).
Por enquanto as dúvidas permanecem. Se por um lado isso pode representar um alívio para a companhia pela não necessidade do exercício da put, por outro lado fica a dúvida com relação ao valor que os ativos de Casa de Pedra poderiam ter sido avaliados diante do atual cenário de queda no preço do minério, e as respectivas participações de cada uma das partes no acordo.
De qualquer forma, o desejo da CSN pela segregação dos ativos de minério sob o guarda-chuva de uma empresa pode resultar em uma avaliação positiva pelo mercado tanto no que se refere às diferenças originadas no âmbito da parceria com o consórcio, como diante da perspectiva de futuros movimentos na esfera do mercado de capitais.
Neste momento, mantemos nossa recomendação em market perform e o preço para dezembro de 2015 em R$ 8,50.
Confira no anexo o relatório completo de análise, assinado pelo analista de investimentos VICTOR PENA, do BB INVESTIMENTOS
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