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Segunda-Feira, Dia 10 de Novembro de 2014 as 19:11:22



PENSAMENTO - Brasil tem três chaves da pós-modernidade, diz sociólogo francês


O sociólogo francês Michel Maffesoli, professor da Universidade de Sorbonne
 
Ao reafirmar nesta 2ª feira, 10.11, que o Brasil é um “laboratório da pós-modernidade”, o sociólogo francês Michel Maffesoli, professor da Universidade de Sorbonne, destacou que o país tem três das cinco chaves para compreender a sociedade contemporânea e acelerar o seu crescimento econômico. Ele participou de palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
 
A primeira chave, segundo Maffesoli, é a criatividade que, na avaliação dele, é uma das marcas da juventude brasileira.
 
“É um momento que, no sentido simples, há uma efervescência, um formigamento”.
 
O sociólogo, que é observador atento dos movimentos envolvendo os jovens, entende que essa criatividade é uma das marcas do novo “valor do trabalho” (uma das chaves de sua teoria), que precisa ser apropriado por empresas e gestores.
 
Outro aspecto apontado pelo sociólogo é a “temporalidade” focada no presente, que atribui ao tempo todas as transformações, em contraposição ao futuro, chave da modernidade. “Há energia intensa no ar [no Brasil, que deve ser aproveitada]”, disse.
 
A terceira chave, de acordo com Maffesoli, é aquela que contrapõe a ideia de individualismo. Para o sociólogo, na contemporaneidade, as  pessoas se juntam cada vez mais em tribos, para desfrutar das experiências.
 
“Vejo nos meus alunos brasileiros: não é mais o eu, é o nós; a comunidade passa a ser mais importante que o indivíduo, que era a marca moderna”.
 
As demais chaves são usadas por Maffesoli para explicar as transformações da contemporaneidade. Ele cita o “utilitarismo”, por meio da estética compartilhada.
 
“Está emergindo a estetização da existência, das emoções por meio da música e da arte. Tudo é feito para se compartilhar e vibrar junto, como os shows esportivos, musicais e religiosos”.
 
Por fim, a saturação da sistematização da razão, o “racionalismo”, a necessidade atual de “mobilizar afetos”.
 
Durante a palestra, o sociólogo também destacou que o trabalho e o dinheiro, um dos pilares da sociedade moderna, estão sendo substituídos por produtos da criatividade, como arte e cultura, com potencial muito maior de mobilização.
 
Como exemplo dessa teoria, ele mencionou uma pesquisa encomendada pela equivalente à FIESP Federação das Indústria do Estado de São Paulo da França e que concluiu que
 
“os salários não são mais o grande retentor de talentos. As pessoas querem trabalhar em empresas cool [legal, na tradução livre], que mantenham os trabalhadores com políticas de bem-estar”.
 
Maffesoli também abordou o atual modelo educacional, classificado por ele como “podre” por ser vertical. O ideal, sugere,  seria uma forma de iniciação, de acompanhamento do aprendiz. “O jeito pós-moderno é horizontal”, disse.
 
“De fato, com a tecnologia, são os fóruns de discussão, as redes sociais, como o Facebook que recusam o poder vertical, mas precisam de uma autoridade [o mediador, o administrador] a vingar”.
 
Perguntado sobre o livro do professor da Escola de Economia de Paris, Thomas Piketty, O Capital no Século 21, que fala da disparidade da concentração de renda, Maffesoli disse que não teve tempo de lê-lo. Mas que o aumento das desigualdades, no contexto atual, resultado do acirramento das diferenças, da concentração de pessoas em tribos, já era esperado. “A igualdade sempre foi um mito na modernidade”, reforçou o intelectual da pós-modernidade.
 
Na 3ª feira, 11.11, na UnB Universidade de Brasília, Michel Maffesoli fará palestra na abertura do seminário Sociedade Contemporânea: A Imagem, o Simbólico e o Sensível.


Fonte: Agência Brasil





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