Construção de habitações israelenses em Jerusalém preocupa governo americano
Obama e Netanyahu reuniram-se nesta 4ª feira na Casa Branca, em Washington. A pauta do encontro foi o interesse do chanceler israelense em que os EUA contenham o ímpeto iraniano pelo desenvolvimento de pesquisas na área nuclear, de modo a impedir ao Irã o desenvolvimento da bomba atômica
Em contrapartida à pressão recebida de Netanyahu, Obama manifestou-lhe sua preocupação com a autorização dada pelo governo israelense para a construção de mais 2.610 habitações na área ocupada e anexada de Jerusalém Leste.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que “os EUA estão muito preocupados”. Segundo ele, se os israelenses continuarem com o plano de construir na área ocupada, “vão enviar uma mensagem muito perturbadora”.
“Isso só pode suscitar a condenação da comunidade internacional, afastar Israel mesmo dos seus aliados mais próximos e envenenar a atmosfera, não apenas com os palestinos, mas também com os governos árabes, com os quais o primeiro-ministro Netanyahu indicou querer construir relações”,
acrescentou o porta-voz.
O projeto de construção tinha sido aprovado pela comunidade israelense em Jerusalém no fim de 2012, mas estava suspenso desde então. Na semana passada, o projeto foi aprovado oficialmente pelo governo de Israel. Os colonatos, como são chamadas as construções de habitações civis nos territórios ocupados ou anexados por Israel desde 1967, são considerados pela Autoridade Palestina um dos maiores entraves para as negociações de paz na região.
Netanyahu instou Obama, a não aceitar um acordo com o Irã que permita àquele país chegar ao “limiar da potência nuclear”. Em 29.09, Netanyahu havia afirmado à Assembléia Geral da ONU que a posse de uma bomba atômica pelo Irã seria ameaça mais grave ao mundo que os jihadistas do Estado Ismâmico.
Está programado para os próximos dias o início de nova rodada de negociações sobre o programa nuclear do Irã, com representantes da Alemanha, Rússia e China, França, Reino Unido e EUA, a fim de obter um acordo em novembro. .
“O Irã busca um acordo que suspenda as duras sanções que você trabalhou tão duramente para implantar e que deixe aquele país no limiar da potência nuclear. Desejo ardentemente que, sob sua liderança, isso não ocorra”,
disse Netanyahu a Obama ao início de seu encontro, aberto à imprensa por alguns minutos.
As negociações buscam estabelecer um acordo que garanta, à comunidade internacional, que o programa nuclear iraniano serve a fins civis e não visa a obter uma bomba atômica, como teme Israel. Em troca, o Irã obteria a suspensão das sanções internacionais que afetaram duramente sua economia.
Além das pressões israelenses, Obama também enfrenta o poderoso lobby israelense nos EUA. O Congresso é contrário a qualquer concessão à Teerã e demonstra ceticismo quanto aos resultados das negociações.
Artigos sobre Franchising e Mercados, Economia, Finanças e Gestão
Artículos en espanhol
Articles en français
Articles in English
Colunistas
Artes, Cultura e Variedades
Feiras e Eventos
Responsabilidade Sócio-Ambiental
Economia e Finanças
Política
Internacional
Meio Ambiente
Empresas Fornecedoras
