Diretor do BC diz que endividamento familiar não aumenta como em anos anteriores
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse nesta 2ª feira, 29.09, que é pouco provável que se observe nova rodada de aumento do endividamento das famílias, no mesmo nível dos últimos anos.
De acordo com dados do BC, em julho a dívida total das famílias equivalia a 46% da renda acumulada nos últimos 12 meses. Conforme o diretor, em 2005 esse endividamento era de 18%.
“É pouco provável que, nos próximos 10 anos, ele seja multiplicado [novamente] por 2,5”,
ressaltou Araújo.
Financiamentos Imobiliários
Acrescentou que também não deve haver forte expansão do crédito, com exceção dos financiamentos imobiliários, que “ainda têm espaço para crescer a taxas mais elevadas nos próximos anos”. Segundo ele, o crédito imobiliário equivale a 9% do PIB.
“Bem menos do que a gente observa em outras economias com estágio idêntico ao nosso”,
destacou.
Araújo salientou que a inadimplência das famílias está menor e não há indicação de aumento. Em agosto, a inadimplência (atrasos superiores a 90 dias) das famílias, em relação ao julho, ficou estável em 6,6%.