Diário do Mercado em 29.07.2014
Bolsas Mundiais.
Na Europa as bolsas fecharam em alta hoje com a divulgação de resultados corporativos favoráveis, porém diminuíram os ganhos no final da sessão a partir da divulgação de novas sanções à Rússia. Ações americanas também passaram a cair após o anuncio das sanções, apagando ganhos anteriores com resultados corporativos acima do esperado.
Treasuries.
Rendimentos dos treasuries de 10 anos e dos títulos soberanos dos principais países europeus caíram hoje, véspera da decisão do Fed. Os retornos dos títulos alemães de 10 anos recuaram a níveis anteriores à crise europeia, refletindo o aumento da aversão ao risco com as novas sanções à Rússia. O mercado também parece estar precificando uma nova rodada de estímulos monetários pelo BCE para combater a deflação e impulsionar crescimento econômico.
Ibovespa
O Ibovespa seguiu o mau humor externo e devolveu mais um pouco dos ganhos acumulados em julho, porém sem muita forca, já que o volume foi baixo, com o mercado aguardando o término da reunião do Fomc.
As maiores contribuições relativas para a queda do Ibovespa foram PETR4, PETR3 e BVMF3, e na ponta de alta: ITUB4, VALE3, VALE5, OIBR4, E BBDC4.
O índice doméstico fechou em queda de 1,00%, aos 57.118 pts., passando a acumular +7,43% no mês, +10,89% no ano e +16,07% em 12 meses. O volume negociado foi de R$ 4,41 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira registrou ingresso de capital externo de R$ 411,555 milhões no último dia 25, passando a acumular ingresso de R$ 2,955 bilhões em julho. No ano, o acumulado está em R$ 15,183 bilhões.
Juros Futuros.
No mercado de juros futuros houve mais elevação ao longo da estrutura a termo, refletindo a semana de agenda cheia, com divulgação de importantes indicadores econômicos nos EUA (PIB amanhã e folha de pagamento na sexta), além do término da reunião do Fomc amanhã.
Mercado de Câmbio.
O dólar comercial (interbancário) fechou em alta de 0,34%, cotado a R$ 2,2305, em linha com a valorização da moeda americana frente às moedas emergentes, no aguardo da agenda americana de amanhã e repercutindo aumento das tensões no Oriente Médio.
Indicadores econômicos.
Volume de credito – divulgado pelo Banco Central - mostrou crescimento de 0.9% em junho, para R$ 2,83 trilhões, ante R$ 2,80 trilhões em maio. Confiança da indústria medido pela FGV cai para 84,4 em julho, ante 87,2 em junho (-3,2%).