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Economia e Finanças

18 de Julho de 2013 as 19:07:23



CÂMBIO - Novo Swap do Bacen injeta US$ 450 milhões no mercado


 
Conforme anunciado ontem, o Banco Central realizou um leilão, nesta 5ª feira, 18.07, para conter a alta do dólar, por meio de operação denominada swap cambial tradicional, que é a mera venda de dólares no mercado futuro.
 
Foram negociados contratos com vencimento em 02.12.2013, totalizando R$ 994,9 milhões, equivalente a cerca de US$ 450 milhões. Ainda nesta tarde, o BC anunciou a realização de outro leilão nesta 6ª feira, 19.07, nas mesmas condições.
 
 
Instrumentos de Política Cambial do Banco Central
 
Leilões de swap cambial são ferramentas de uso recente pelo Banco Central. Durante o governo FHC, por exemplo, considerava-se heresia influenciar as cotações cambiais. Também durante o governo Lula, pouco se fez a respeiro, confiando-se na política monetária - e exclusivamente na manipulação de juros SELIC -  como mecanismo de equilíbrio no mercado monetário e no mercado cambial.  
 
No governo Dilma, diferentemente, iniciou-se a prática do Banco Central de operação no mercado futuro do câmbio, o que conteve de forma expressiva a especulação dos bancos nesse mercado; e, claro, derrubou a rentabilidade do sistema financeiro baseado na especulação.
 
Mas, o quadro naquela ocasião, era diferente do atual. Havia grande liquidez no mercado financeiro internacional, em razão dos QEs norte americanos,  ingleses e japones. QE ou quantitative easing seria, a grosso modo, a compra de títulos governamentais no mercado, em valores astronômicos, de modo a injetar recursos na economia, reduzir a taxa de juros, para como isso proporcionar melhores condições para o comércio e a ativação da economia nacional e mundial retraídas.
 
Ainda que não tenha ainda sido deflagrada, no presente momento, a retomada ascencionista dos juros no mercado mundial, as presentes condições são de queda da liquidez internacional, a partir do mero anúncio da suspensão de novos QEs pelos EUA e de elevação dos juros.
 
Sob essas novas condições, outros mecanismos de atuação no mercado cambial tem sido implementados pelo Banco Central do Brasil. Desta vez não reduzir a quantidade de divisas estrangeiras entrantes na economia brasileira, mas para garantir a entrada de capitais externos em volume suficiente para a compensar as intensas saídas de divisas realizadas a partir da perda de competitividade da indústria brasileira, do déficite na conta de turismo, das grandes remessas realizadas pelas empresas estrangeiras às suas matrizes no exterior em dificuldades financeiras etc.
 
Financiamento de Exportações - prazo elastecido
 
Uma das novas medidas do Banco Central foi eliminar restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados de estrangeiros às suas vendas ao exterior.
 
Antes, os exportadores que quisessem antecipar, no Brasil e em Reais, receitas com as vendas ao exterior, poderiam pegar empréstimos no Brasil de no máximo cinco anos. O BC ampliou esse limite, permitindo financiamentos por prazos mais longos. Essa medida tem diversos efeitos: melhora a competitividade dos exportadores brasileiros e amplia seu mercado, aumenta exportações e eleva a oferta de dólares no mercado brasileiro, diminuindo sua cotação e os efeitos inflacionários 
 
Depósito Compulsório sobre vendas cambiais
 
Outra medida influente sobre o câmbio, tomada pelo Banco Central, foi a retirada do depósito compulsório sobre a posição vendida de câmbio. Com a medida, os bancos deixaram de recolher à autoridade monetária parte dos valores aplicados em apostas de que o dólar vai cair.
 
IOF zero sobre aplicações em renda fixa por estrangeiros
 
Outra medida do governo foi zerar o IOF Imposto sobre Operações Financeiras para estrangeiros aplicarem em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. O governo também decidiu isentar de IOF a venda de moeda estrangeira no mercado futuro.
 
Redução das pressões inflacionárias do câmbio
 
Todas essas medidas tem um objetivo único: buscar uma cotação menor para o dólar norteamericano em relação ao Real, de modo a reduzir as pressões inflacionárias decorrentes da elevação acelerada do câmbio.


Fonte: da Redação, com base no texto original da Agência Brasil





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