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Defesa e Indústria Militar

24 de Novembro de 2022 as 01:11:39



PLANO DA BOEING põe em Risco Projetos Estratégicos do Brasil de Defesa


Linha de Montagem do jato LEGACY-450, da EMBRAER
 
BOEING já arrebanhou 2.000 engenheiros de alto nivel das empresas brasileiras dos setores Aeroespacial e de Defesa, que atuavam em projetos estratégicos para o Brasil
 
4ª feira, 24.11.2022
 
Em matéria divulgada em O Estado de São Paulo, na 3ª feira, 22.11.2022, a jornalista Luciana Dyniewicz revela que 02 associações empresariais brasileiras impetraram ação judicial contra a BOEING, como representantes de empresas naconais dos segmentos de defesa e aerospacial brasileiro, inclusive a EMBRAER.
 
A ação está rodando na 3ª Vara Federal de São José dos Campos SP e é conduzida pelo advogado Leonardo Bissoli, do escritório Tojal Renault. 
 
As associações empresariais representadas são a ABIMDE Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança e a AIAB Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil. 
 
A alegação das Associações apresentada à justiça é de a BOEING põe em marcha no Brasil sua estratégia de recomposição de seu quadro de engenheiros por meio da cooptação de profissionais brasileiros “altamente qualificados” integrantes dos quadros das empresas brasileiras daqueles 02 segmentos. Segundo as Associações o plano da BOEING põe “em risco a sobrevivências dessas empresas e, principalmente, ameaça a soberania nacional”.
 
A jornalista Luciana Dyniewicz relata que a BOEING, segundo o presidente da AIAB, Júlio Shidara, teria contratado cerca de 200 engenheiros brasileiros que haviam atuado em altos postos em empresas como EMBRAER, AKAER, AVIBRAS, AEL Sistemas e SAFRAN, além de outras e passaram a atuar na BOEING em uma área de desenvolvimento instalada no Brasil.
 
Demanda Judicial
 
As associações ABINDE e AIAB pleiteiam na justiça, primeiro, o estabelecimento de um limite de 0,6% no total de engenheiros que a BOEING poderia contratar de uma empresa de ambos os segmentos, sob pena de multa por profissional que ultrapasse esse limite. A BOEING também seria condenada a pagar o total investido pela EMBRAER e pelo ITA Instituto Tecnológico de Aeronáutica no programa de especialização de engenheiros na ára aeroespacial, o qual teria demandado R$ 5 milhões em um ano. 
 
Luciana Dyniewicz  revela a alegação do advogado Bissoli de que as contratações feitas pela Boeing ameaçam fabricantes de satélites, de equipamentos de uso militar e desenvolvedoras de sistemas, ao ponto de algumas delas terem perdido 10% de seu quadro de engenheiros.
 
Esse número teria chegado a 70% em departamentos especializados dessas empresas que, segundo o advogado, são “o braço tecnológico para a defesa da soberania do Estado” brasileiro. E cujos “profissionais contratados pela BOEING participavam de projetos nas áreas de defesa e segurança e tinha acesso a informações qualificadas e dados classificados de projetos estratégicos ao País.”
 
A matéria destaca como o mais sensível o caso da EMBRAER, que manifestou apoio a Ação Civil Pública mencionada. A BOEING fez-lhe a proposta de jointventure/aquisição da divisão comercial da Companhia por cerca de US$ 4,5 bilhões, depois cancelada pela empresa estadunidense. E, no período das negociações, de 2018 a 2020, a BOEING teve acesso a suas informações confidenciais. 
 
Opinião da Redação JF
 
O cancelamento da “joint venture” pela BOEING despertou a suspeita dessa Editoria de que o objetivo último da empresa estadunidense seria o acesso a informações estratégicas e tecnológicas, além da reposição e o rejuvenescimento de sua equipe de engenheiros, com a contratação dos profissionais brasileiros, por meio da "integração" entre as duas Empresas, além do desaparecimento da marca EMBRAER após alguns anos da assinatura do contrato.
 
A negociação da joint-venture permitiu o acesso a informações estratégicas e tecnológicas pertencentes à empresa brasileira. E o subsequente cancelamento da joint-venture não impediu, à BOEING, a cooptação e captura de engenheiros especializados da EMBRAER, que, neste momento, estão sendo contratados de forma subterrânea.
 
O caso da AVIBRAS e das demais organizações da indústria bélica brasileira são igualmente de grande importância estratégica e sugerem a existência de um plano maior de neutralização e desmonte da indústria de defesa do Brasil.   
 
A REDAÇÃO JF recomenda a leitura da matéria original em O Estado de São Paulo: "Entidades entram na Justiça para impedir BOEING de contratar engenheiros brasileiros.  Clique AQUI


Fonte: Da Redação JF, com informações de O ESTADO DE SÃO PAULO





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