EDITORIAL
Plano 3-D de Guedes, o Estelionato Eleitoral de Bolsonaro
Plano 3-D de Guedes irá afundar o Salário Mínimo, Aposentadorias e Pensões
Vazamento de Plano 3-D de Guedes evidencia Estelionato Eleitoral e
paralisa Campanha Eleitoral de Bozzo
por Wilson R Correa
23.10.2022
O jornal Folha de São Paulo publicou na 5ª feira, 20.10, a informação de que o ministério da Economia elabora um estudo que objetiva a desvincular, do índice de inflação oficial, o reajuste anual do salário mínimo, das aposentadorias, das pensões e de outros benefícios da Previdência Social.
O plano recebeu da equipe econômica a denominação de "Plano 3D - Desobrigar, Desindexar e Desvincular". A notícia explodiu como uma bomba junto a equipe da campanha eleitoral de Bolsonaro, que desenvolve a momentânea estratégia "tudo pelo social" para viabilizar a reeleição do presidente, por meio da concessão de diversas 'bolsas' e auxílios sociais a segmentos impactados pelo desemprego, queda da renda, covid-19 e desatinos da política econômica dos governos Temer e Bolsonaro.
Para desespero da equipe de campanha eleitoral de Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou a existência do Plano 3-D em sua pasta, na 5ª feira, 20.10.
Buscando contudo ocultar a realidade, Guedes negou que o objetivo do projeto seria impedir o ganho real dos trabalhadores e pensionistas. Banqueiro e a serviço da elite vagabunda que patrocinou o golpe de estado de 2016 com o objetivo de destruir os direitos da classe trabalhadora do País, Guedes remendou o argumento capenga afirmando que a medida seria destinada a garantir recursos ao pagamento do Auxílio Brasil. Sua retórica foi de que a manutenção do benefício em R$ 600, em 2023, dependeria da aprovação da desvinculação do índice de inflação, do reajuste do salário mínimo, aposentadorias e pensões. O Auxílio Brasil, no valor de R$ 600,00 somente tem garantidas fontes de recursos até dezembro/2022.
Como essa indexação é determinada pela Constitução de 1988, a mudança teria de ser operada por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional PEC que já se encontra em elaboração pela equipe do ministério da Economia, mas que é, reconhecidamente, uma ideia que tem vindo desde o início deste governo.
Essa mudança constitucional estava sendo preparada para vir a público no início de novembro próximo, após o 2º turno da eleição presidencial, certamente para não impactar negativamente a campanha eleitoral de Bolsonaro. Isto é, um estelionato eleitoral.
A notícia, contudo, foi vazada por uma boa alma e a equipe de campanha eleitoral de Bolsonaro, no desespero, corre agora atrás do estrago na debil imagem e na baixíssima confiabilidade de Bolsonaro, um notório e reconhecido mentiroso desde os tempos de sua expulsão do Exército Brasileiro.
Tanta mentira e estupidez juntas, tanta gente de má fé, sem caráter e com más intenções reunidas, um lixo como esse não poderia se segurar.