brMalls - Revisão de Preço
Fortes Vendas e Recuperação de Inadimplidos; Positivo
Por Georgia Jorge, CNPI
12.08.2022
A brMalls apresentou fortes resultados no 2T22. Além da recuperação expressiva das vendas, favorecendo a receita do período, a companhia colheu os frutos de um maior controle da inadimplência bruta e regularização do passivo de lojistas ativos, o que permitiu a recuperação de provisões e impulsionou as margens do trimestre.
Desempenho das Ações.
As ações BRML3 acumulam alta de ~13% nos últimos 30 dias, em um contexto de melhores perspectivas para o consumo doméstico a partir do 2S22, o que favorece os resultados dos shoppings. Ao nosso ver, a brMalls entregou um resultado fora da curva no que se refere à recuperação líquida, além de indicadores positivos em vendas, o que sinaliza um 2S22 positivo.
Nesse contexto, elevamos nossa recomendação para Compra, enquanto mantemos o nosso preço-alvo para o final de 2022 em R$ 9,50, até incorporarmos os resultados do 2T22.
Desempenho econômico-financeiro
A receita líquida da brMalls totalizou R$ 356,3 milhões, expressivo crescimento de 36,1% a/a, apesar de um pouco abaixo das nossas estimativas (-6,4% r/e). O forte crescimento foi reflexo, principalmente, da retomada das vendas, cuja elevação foi de 54,6% na comparação anual (+18,6% r/e).
O NOI do trimestre, por sua vez, somou R$ 313,2 milhões, com a margem NOI subindo 0,5 p.p. a/a (+2,3 p.p. r/e), resultado de um crescimento dos custos inferior ao da receita no período.
O destaque do trimestre ficou por conta da recuperação de crédito, que ocasionou a reversão de PCLD de R$ 43 milhões negativos no 2T21 para R$ 6,9 milhões positivos no 2T22. Como resultado, a margem EBITDA Ajustada atingiu um nível extraordinário de 92,2%, alta de 39,1 p.p. a/a e +19,4 p.p. r/e.
O efeito positivo gerado pela recuperação de crédito ainda favoreceu o lucro líquido e o FFO, que somou R$ 183,6 milhões, +167,7% a/a e +44,5% r/e, com margem de 51,5% (+25,3 p.p. a/a e +18,1 p.p. r/e).
Pontuamos que a companhia segue com uma estrutura de capital confortável, caracterizada por uma relação Dívida Líquida pelo EBITDA Ajustado dos últimos 12 meses de 2,4x, ante 4,2x no 2T21.
CONFIRA no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
GEORGIA JORGE, CNPI, analista senior do BB INVESTIMENTOS