Dólar sobe para R$ 5,15, influenciado por exterior
Bolsa cai 0,47%, puxada por realização de lucros
Um dia depois de atingir o menor nível em oito semanas, o dólar subiu, influenciado pelo mercado internacional. A bolsa de valores caiu após sete altas seguidas, puxada pela realização de lucros, quando investidores vendem ações para embolsar ganhos recentes.
O dólar comercial encerrou esta 5ª feira 11.08, vendido a R$ 5,158, com alta de R$ 0,073 (+1,44%). A cotação chegou a operar próxima da estabilidade durante a manhã, mas passou a disparar após declarações de dirigentes do FED Federal Reserve de que o órgão continuará a ser rígido no combate à inflação nos EUA.
Com o desempenho de hoje, o dólar acumula queda de 0,31% em agosto. Em 2022, o recuo chega a 7,5%.
Ibovespa e bolsa B3
No mercado de ações, o dia foi marcado por ajustes. Após a euforia de ontem, quando fechou no nível mais alto em mais de dois meses, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.718 pontos, com queda de 0,47%. Os investidores aproveitaram os preços altos das ações, depois de sete pregões seguidos de ganhos, para vender os papéis.
Na 4ª feira, 10.08, o mercado financeiro global teve um dia de alívio após a divulgação da inflação ao consumidor nos EUA, que desacelerou pela primeira vez desde que o Fed começou a elevar os juros no país. Hoje, números confirmaram a desaceleração da inflação ao produtor, mas a afirmação de diretores do Fed de que o aperto monetário continuará afetou o mercado.
O Fed e os Juros nos EUA
Os novos dados tinham aumentado as expectativas de que o Fed eleve os juros básicos norte-americanos em 0,5 ponto percentual na próxima reunião. No entanto, declarações dos dirigentes indicaram que parte deles votará para um reajuste de 0,75 ponto, como ocorreu nas duas últimas reuniões. Juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.