Covid-19 - Panorama da 1ª semana de julho nos EUA
Avanço da nova variante Ômicro BA.5 e desarticulação da indústria de testes
Embora possa à primeira vista parecer estável, o panorama da pandemia da COVID-19 nos EUA está em evolução. A média dos novos casos diários de contaminação esteve entre 95 mil e 115 mil casos diários, em junho; e as estimativas do governo federal revelam a rápida disseminação da subvariante Omicron conhecida como BA.5, tornando-a dominante entre os novos casos de coronavírus.
Essa nova variante BA.5 já correspondia a 54% dos novos casos norte-americanos, na semana de 26.06 a 02.07.2022, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. E sua tendência evolutiva foi prevista na semana anterior, quando essa variante foi posicionada ao lado de outra, a BA.4, também variante da Ômicron, ambas como dominantes.
Nos EUA registra-se a redução dos testes PCR de contaminação pela Covid-19 feitos em laboratórios e patrocinados pelos governos. Esse movimento de queda já se reflete na menor capacidade instalada norte-americana de realizar testes PCR; que poderá ser, em julho/2022, apenas metade do que era em março último, segundo estimativa da empresa de pesquisa e consultoria Health Catalysts Group. Algumas empresas de testes, inclusive, anunciaram demissões e fechamentos de suas unidades já na semana passada.
Paralelamente, a grande maioria dos resultados positivos dos kits de auto-teste domiciliar, vendidos em farmácias, não estão incluídos nas estatísticas oficiais. Desse modo, nem todos os infectados são testados ou ficam sabendo se estão contaminados.
Assim, observa-se a possibilidade de os estadunidenses não serem computados na contagem diária de casos de infectação pela Covid-19. Ademais, aqueles afetados por fatores de risco têm afirmado sentirem-se ignorados e abandonados, enquanto seus vizinhos e os governos têm procurado a normalização do convívio social.