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Editorial

09 de Abril de 2022 as 01:04:20



EDITORIAL - O Acobertamento do Neo-Nazismo do Estado Ucraniano pelos EUA


 
EDITORIAL
 
O acobertamento do Neo-Nazismo do Estado Ucraniano serve à estratégia da Casa Branca, pactuada com o Capitólio, de isolamento da Rússia e destruição de sua economia  
por Wilson R Correa
09.04.2022
 
Por muito tempo a mídia ocidental esforçou-se para proteger o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, das constantes acusações de que seu governo estaria intimamente associado às forças neonazistas, argumentando que seria algo infundado porque ele é judeu.
 
Mas, a partir desta semana ficou ainda mais difícil sustentar que não existe uma relação entre o governo ucraniano e os grupos fascistas e cúmplices em crimes contra a humanidade, como o Batalhão Azov e o Batalhão Aidar.
 
Pois, em uma entrevista à Fox News, em 1º de abril, Zelensky foi questionado sobre o batalhão Azov e sua presença nas forças armadas de seu país. De forma direta o apresentador de tv Bret Baier inqueriu-o sobre o Regimento Azov e as acusações de ser uma organização neonazista. Zelensky falou claramente pela primeira vez sobre o tema, evidenciando, no mínimo, a complacência do Estado Ucraniano, o acolhimento e a cumplicidade, as relações organizacionais e o compromisso com o nefasto grupo de ultra-direita responsável por inúmeras atrocidades, crimes de guerra e desrespeito aos direitos humanos, conforme relatório produzido pela ONU.
 
"Eles são o que são. Eles estavam defendendo nosso país. Eles são componentes das forças armadas ucranianas ... Mais tarde, quero explicar tudo a você, todos os componentes voluntários desses batalhões, que foram incorporados aos militares da Ucrânia. Eles são um componente do Exército ucraniano ... Em 2014, houve situações em que nossos voluntários foram cercados, e alguns deles [os nazistas] violaram leis, leis da Ucrânia, e eles realmente foram levados ao tribunal e receberam sentenças de prisão".
 
A FoxNews buscou ocultar o sincericídio de Zelensky cortando esta parte esclarecedora em sua resposta do vídeo postado na conta oficial da FoxNews no YouTube; e, também, no canal de Bret Baier, no YouTube, de onde o vídeo foi retirado com base em direitos de exclusividade da emissora. Mas, a conta desse jornalista no Tweet ainda apresenta, neste sábado, 09.04.2022, o segmento da entrevista em que Zelensky fez o comentário revelador sobre o Batalhão Azov.
 
O Batalhão Azov foi formado em maio de 2014 por grupos neonazistas em Berdyansk, depois que o Ministro dos Assuntos Internos, Arsen Avakov, autorizou a criação de unidades paramilitares para combater separatistas de língua russa na Ucrânia, nas auto-proclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, reconhecidas por Moscou.
 
O Batalhão Azov ganhou fama naquela ocasião, em meio aos protestos e tentativas do governo ucraniano de reduzir o status do idioma russo como língua nacional da Ucrânia.
 
Com o tempo, o Azov tornou-se um refúgio também aos neonazistas afiliados ao Pravy Sektor (Setor de Direita) e outras formações políticas de extrema-direita que colaboraram para o sucesso do golpe de Estado de fevereiro de 2014, apoiado pelos EUA.
 
Os crimes dos batalhões voluntários neonazistas ucranianos são amplamente documentados, incluindo um relatório sobre o Batalhão Azov elaborado pelo Escritório das Nações Unidas do Alto Comissariado dos Direitos Humanos e outro, sobre o Batalhão Aidar, elaborado pela Anistia Internacional.
 
Embora a Rússia tenha denunciado diversas vezes o caráter nazista dos militantes e o perfil saneador da operação militar russa na Ucrânia e o nada razoável apoio europeu e americano aos nazistas, o governo norte-americano de Joe Biden e a mídia ocidental, preponderantemente filo-americana, em sua estratégia de demonização e isolamento da Rússia, acobertaram, minimizaram, negaram ignoraram e buscaram descaracterizar as acusações e relatórios a respeito elaborados da ONU e entidades multilaterais.
 
A proteção oferecida pela mídia ocidental ao apoio do governo Joe Biden ao Estado Neonazista ucraniano e do Pentágono, por meio de treinamento militar oferecido ao Batalhão Azov, desde o golpe de estado de 2014, apresentou-se ao público pela grande imprensa como desimportante, como um custo menor, irrelevante, administrável, mas necessário, diante da estratégia de confronto, demonização, isolamento e neutralização da Rússia.
 
Houve um movimento ético do Senado norte-americano, em 2015, ao não aprovar dotação de verba do Orçamento do Pentágono,  destinada ao treinamento do Batalhão Azov pelas forças armadas dos EUA. Contudo, a não-aprovação foi suspensa pelo próprio Senado, duas semanas após, e, em interlocução com o Pentágono, o caso foi acobertado do público, a verba foi recomposta e o treinamento do Batalhão Azov aconteceu, a despeito de tratar-se de uma organização neonazista que cometeu atrocidades e crimes de guerra nos embates com as Republicas de Donetsk e Lugansk, comprovados pelos relatórios mencionados acima.
 
Mesmo reconhecido oficialmente o perfil neonazista do Batalhão Azov, entranhado nas forças armadas ucranianas, a evidência do envolvimento do governo americano com o movimento neonazista ucraniano -- e com as atrocidades que ele cometeu -- não foi sequer mencionada nem tratada com a seriedade pela grande mídia, obnubilada pela demonização da Rússia no embalo da Nova Guerra Fria.
 
Desdobramentos eleitorais disso tudo possivelmente poderão não se fazer sentir nas eleições do final deste ano de 2022 nos EUA, uma vez que se trata de estratégia do estado norte-americano, compartilhada pelos partidos Democrata e Republicano no Capitólio,  a depender de seu impacto sobre cada um dos dois eleitorados. As imprensas norte-americana e europeia, convencidas da estratégia de demonização da Rússia, possivelmente não terão interesse em repercutir. 
 
E a razão é evidente: o acobertamento do Neo-Nazismo do Estado Ucraniano serve à estratégia da Casa Branca, pactuada com o Capitólio, de isolamento da Rússia e destruição de sua economia, por todos os interesses econômicos e geo-políticos norte-americanos envolvidos.
 
Enquanto isso, supera 80% o índice de aprovação de Vladimir Putin pela população russa. O rublo voltou aos níveis de antes do conflito com a Ucrânia: 87,94 Rublos/1 Euro, neste domingo, 10.04.2022, contra 87,60, no dia 20.02, dias antes do conflito, após ter atingido 154,85 Rublos/1 Euro, em 07.03.2022, a maior taxa de cambio do período. Alem disso, o Banco Central da Rússia reduziu taxa básica de juros de 20% para 17% ao ano, na última 6ª feira, 08.04.2022.
 
Ademais, diversos países europeus estão abrindo conta corrente em banco russo no território russo, a fim de realizar o pagamentos em rublos ou em ouro pela compra de petróleo e de gás russos fornecidos pela GasProm. em bancos que não poderão ser alcançados pela desapropriação ilegal de capitais promovida pelos EUA e países europeus, em retaliação à invasão russa da Ucrânia.
 
Isso revela por um lado, a fantástica e histórica resiliência do povo russo, que no passado enxotou do país as tropas de Napoleão Bonaparte e de Adolf Hitler. E, por outro, revela o quanto têm sido inócuas as sanções impostas por Washington à Rússia, as quais têm feito abalar a própria economia dos países europeus e dos EUA.
 
Além de prestarem apoio imoral 
 
(1) à ascenção de lideranças nazistas ao poder na Ucrânia  -- a exemplo do que os EUA fizeram na Síria, endereçando-o ao Estado Islâmico -- e  
 
(2) à realização de pesquisas em laboratórios ucranianos, implantados e financiados pelo Pentágono, destinados ao desenvolvimento de armas biológicas para destruição em massa, na fronteira da Ucrânia com a Rússia, 
 
os governos dos EUA e dos países europeus e seus prepostos na OTAN, são comandados por advogados que parecem jamais terem sabido fazer contas, nada entendem de economia e estão levando à destruição suas próprias economias nacionais e o próprio sistema monetário internacional que alimenta o Império.
 
Embrutecidos pela busca irracional da inalcançavel permanência da hegemonia norte-americana, entorpecidos pela estupidez do leitmotive 'America First', pelo ainda fantástico poder bélico (ainda que superado tecnologicamente pelo da Rússia) e pela subserviência de seus staffs, compromentem a sobrevivência no planeta, somente ouvem generais e empresas de materiais bélicos, a que servem descompromissados com o ideário humanista da busca da paz e do convívio construtivo dos povos.
 

[Confira AQUI  o trecho especial da entrevista na conta de Bret Baier no Tweet ]



Fonte: DA REDAÇÃO JF, com informações de Sputnik Brasil





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