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Editorial

19 de Maio de 2021 as 13:05:11



EDITORIAL - A propósito da Greve dos Caminhoneiros


Greve dos Caminhoneiros em 2018
EDITORIAL
 
A propósito da Greve dos Caminhoneiros
 
A gestão dos preços da gasolina e do diesel, com a privatização do refino e da distribuição dos combustíveis, passou a respeitar o propósito único de garantir a rentabilidade dos ativos da Petrobras e das novas empresas entrantes no mercado de refino de petroleo e gás e distribuição de derivados, para bem remunerar seus acionistas.
 
Até 2016 não era bem assim: a organização dos preços dos combustíveis compunha uma política pública que buscava combinar a rentabilidade dos ativos da Petrobras com a garantia de viabilidade econômica ao setor de transportes e a estabilidade de preços no mercado de bens e serviços.
 
Além dos custos de produção, a planilha de reajuste de preços de combustíveis nos portões das refinarias leva em conta, atualmente, as oscilações no mercado de câmbio; e embute, também, os riscos políticos de instabilidade e conflagração bélica no Oriente Médio e a descontinuidade do suprimento de petróleo; as manipulações de preços no mercado de petróleo impostas pelos governos dos EUA e da Arábia Saudita, promovidas com o objetivo de afetar negativamente as receitas da Rússia e da Venezuela no mercado de petróleo e gás, para satisfazer interesses geopolíticos.
 
A venda da BR Distribuidora ao setor privado limitou, ao ponto de extinguir, a capacidade do governo brasileiro de exercer algum controle dos preços dos combustíveis através de mecanismo de mercado. E traduziu-se em mera transferência dessa capacidade própria do monopólio público -- exercido pela Petrobras e que viabiliza o atingimento de objetivos públicos de interesse dos demais segmentos da economia -- em um monopólio privado que, nunca, jamais e em tempo algum irá proporcionar a desejável estabilidade e previsibilidade de preços no mercado de combustíveis, imprescindível ao bom funcionamento dos demais segmentos da economia. Seu propósito será sempre a otimização de lucros privados, seja qual for o custo.
 
Contra esse estado de coisas, a única atitude que se pode ter -- cidadãos e, em especial, caminhoneiros -- é a luta política; é a mobilização de todo o setor de transportes e de toda a cidadania contra o modelo privatizador e de entrega de setores estratégicos da Nação à iniciativa privada.
 
O setor de energia do País é um setor estratégico e não deve ser entregue ao grande empresariado internacional e, mesmo, ao nacional. porquanto se tornará impermeável ao atendimento de objetivos públicos, restringindo-se a meramente obter lucros crescentes aos acionistas, e de modo a inviabilizar os demais setores da economia, como atualmente se observa.
 
Este é o cerne da questão: o setor de energia é estratégico, pois dele dependem todos os demais segmentos da economia; dele depende a viabilidade econômica dos demais setores da economia e a própria subsistência da sociedade. 
 
A privatização da BR Distribuidora e o desmonte da capacidade de refino de petróleo pela diretoria da Petrobras, desde 2016, integra o projeto de entrega, ao grande capital, do setor energético brasileiro, para extinção de alguma capacidade do Estado brasileiro de regular os preços no mercado de energia. 
 
E, nesta 4ª feira, 19.05.2021, será votada na Camara Federal a MP Medida Provisória que aprovará a venda da ELETROBRAS ao setor privado. A presidência da Câmara irá abrir as discussões e o plenário votará em regime de urgência, no desespero da elite canalha brasileira em cumprir de todo -- e o mais rápido possível -- a agenda ultraliberal e desnacionalizante do setor energético brasileiro.
 
Atualmente, a Exxon e a Shell apropriam-se do Pré-Sal brasileiro; e outros grupos privados gigantes dominam a distribuição de derivados de petróleo, ao ponto de o País importar combustíveis e óleos lubrificantes, enquanto a diretoria da Petrobras, sob domínio dos liberais internacionalistas, se compraz em reduzir o refino de petróleo, pelas refinarias da Petrobras, a níveis muito abaixo da capacidade instalada de refino da grande Empresa nacional.
 
Nesta 4ª feira, o mesmo projeto antinacional e financista, aplicado no caso da Petrobras, poderá abraçar o setor de energia elétrica do País.
 
A canalhice das elites brasileiras não tem limite. E continuará enquanto a sociedade permanecer de braços cruzados sem lhe oferecer resistência e oposição nas ruas, em demonstrações de indignação e ira.
 
O jogo parlamentar de alguns poucos congressistas, no Senado e na Câmara, foi, tem sido e permanecerá sendo insuficiente para deter a malandragem e safadeza dos vigaristas ultraliberais contra o interesse público, em dispor de energia a preço justo, honesto e sem especulação; energia elétrica e energia do petróleo para movimentar a Nação que é, sim, legítima proprietária dos abundantes recursos petrolíferos e hidrelétricos desse grande País.
 
Às ruas, pois, Povo Brasileiro, contra a canalha ultraliberal que, o mais das vezes, reside em Londres, Nova Iorque, Amsterdam, Berlim e centros financeiros, e que se lixa para o Povo deste País, para o desemprego e para a miséria de milhões, para a fome, a doença e a mortandade em curso no Brasil.
 
 Tomando as ruas do País, vamos todos inviabilizar a rapina.
 
Caminhoneiros, à greve.
Abaixo a venda da ELETROBRAS e o desmonte da PETROBRAS.
Fora a canalha envolvida no entreguismo das riquezas do País.


Fonte: DA REDAÇÃO JF. Imagem de arquivo.





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