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Investimentos

15 de Abril de 2021 as 02:04:21



VAREJO E SHOPPINGS - Dados do Mercado e Desempenho na bolsa B3 - Abril/2021


VAREJO E SHOPPINGS - Relatório Setorial - Abril 2021
 
Por Georgia Jorge, CNPI,
Richardi Ferreira, CNPI e
Kamila Oliveira, CNPI
do BB Investimentos
►  Dados de Mercado – Varejo
 
    Performance das empresas de nossa cobertura
 
Apesar do noticiário positivo em torno da aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão nos EUA e da PEC Emergencial aqui no Brasil, o desempenho das empresas do setor varejista acabou sendo pressionado pelo endurecimento das medidas de restrição e isolamento social em todo país. 
 
Neste cenário, o Índice de Consumo da B3 fechou o mês de março com uma alta de 2,3%, abaixo do desempenho do Ibovespa (+6,0%).
 
Em março, o Ibovespa apresentou uma alta de 6,0% ante o mês anterior, influenciada, principalmente, pelo otimismo em relação à
 
(i)   aprovação do pacote de estímulos fiscais nos EUA,
(ii)  aprovação da PEC Emergencial aqui no Brasil, definindo a prorrogação do auxílio emergencial, mas respeitando o teto de gastos, além
(iii) das perspectivas positivas em torno da aquisição de mais vacinas, o que tende a acelerar o processo de imunização no país.
 
O índice de consumo (Icon) seguiu a tendência de alta observada no Ibovespa, apresentando uma elevação de 2,3% no mês. Essa performance, inferior à do Ibovespa, foi influenciada entre outros fatores pelo avanço expressivo da pandemia de Covid-19 ao longo do mês.
 
O aumento do número de casos, de óbitos e das taxas de internação em leitos de UTI na maior parte do País acabaram levando as autoridades locais a optarem pelo endurecimento das restrições, inclusive com o fechamento do comércio. O aumento de 0,75 p.p. na taxa Selic também trouxe um impacto negativo para o consumo, dada a tendência de encarecimento do crédito para os próximos meses. 
 
O destaque positivo do mês foi o desempenho das ações do Grupo Natura (NTCO3), que apresentou uma forte valorização de 18,1%, influenciada pela divulgação dos resultados positivos do 4º trimestre de 2020.
 
Para o mês de abril, esperamos que as incertezas referentes ao avanço do Covid-19 e à velocidade do processo de vacinação da população sigam pressionando os papéis do setor varejista. Como contraponto, existe uma expectativa positiva em relação ao início do pagamento do auxílio emergencial, o que pode favorecer as ações do setor. 
 
►  Dados de Mercado - Shoppings
 
     -Performance das empresas de nossa cobertura
 
Em março, mesmo com o recrudescimento das medidas de contenção ao Covid-19, os shoppings apresentaram desempenho superior ao do Ibovespa.
 
Na contramão das expectativas de que o recrudescimento das medidas governamentais visando à contenção do Covid-19 fosse impactar negativamente o desempenho dos shoppings mais uma vez, todos os papéis das companhias de shopping cobertas tiveram desempenho superior ao do Ibovespa. 
 
Ao nosso ver, isso se deveu à aprovação da PEC Emergencial combinada à elevação do rendimento de títulos americanos de longo prazo, o que favoreceu o desempenho de companhias mais maduras em comparação à companhias cujo valor depende de um crescimento muito acentuado nos próximos anos. 
 
Com isso, vimos BRML3 e MULT3 acumularem alta de 21,2% e 24,4%, respectivamente, no mês. Outro ponto que favoreceu o desempenho das companhias diz respeito ao fato destas estarem melhor preparadas, este ano, para enfrentar as restrições ao comércio físico, com o desenvolvimento de canais digitais dos shoppings em fase mais avançado quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Em abril, esperamos que o setor reflita positivamente a reabertura gradual do comércio físico e o avanço das vacinações no Brasil.
 
►  Dados de Emprego e Renda
 
A taxa de desemprego medida pelo IBGE subiu para 14,2% em janeiro. No entanto, os dados do Caged de fevereiro, para o mercado formal (com carteira assinada), mostram um dado positivo com a criação de mais 400 mil novas vagas.
 
A taxa de desemprego medida pelo IBGE voltou a subir, passando de 13,9% no trimestre encerrado em dezembro, para 14,2% no trimestre encerrado em janeiro. Estima-se que o número total de desocupados esteja na casa de 14,3 milhões de pessoas, maior contingente já registrado desde 2012, quando a série foi iniciada. 
 
A massa de rendimento real habitual fechou o mês de janeiro com uma ligeira alta, sendo estimada em R$ 211,4 bilhões, contra R$ 210,7 bilhões do trimestre encerrado em dezembro. A renda média real dos trabalhadores no período foi estimada em R$ 2.521,00.
 
No mercado formal de trabalho (com carteira assinada), os dados do Caged de fevereiro mostraram um resultado bastante positivo, com a criação líquida de mais de 400 mil postos de trabalho.
 
►  Dados de Crédito
 
Observamos incremento do saldo de empréstimos livres à pessoa física na comparação anual, em função da elevação do saldo de operações de crédito pessoal. Os índices de inadimplência seguem no menor patamar já observado em 5 anos.
 
Em fevereiro/21, o saldo de empréstimos livres para pessoas físicas atingiu R$ 1,245 trilhão, o que representa uma elevação de 0,6% na comparação com janeiro e mais de 10% em comparação com fevereiro de 2020, com destaque para a forte elevação do saldo de operações de crédito pessoal (consignado e não consignado). A taxa média de juros dessas operações também subiu, passando de 39,4% em janeiro, para 40,1% em fevereiro.
 
A inadimplência da pessoa física fechou o mês estável em 4,1%, permanecendo no menor patamar já observado nos últimos cinco anos. 
 
Ressaltamos, contudo, que a trajetória descendente da inadimplência observada desde junho/20 pode se reverter diante do fim do período de carência dos empréstimos e renegociações efetuados no início da pandemia em 2020.
 
►  Dados de Confiança
 
Pressionado pela piora dos números da pandemia no Brasil, o Índice de Confiança do Consumidor da FGV voltou a registrar queda em março.
 
No mês de março, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pela FGV voltou a cair, passando de 78 pontos na leitura de fevereiro, para 68,2 pontos no mês passado, uma redução de quase 10 pontos. Esta queda é resultante da piora expressiva dos números da pandemia aqui no Brasil. Mesmo com o processo de imunização em andamento, a taxa de internações em leitos de UTI acabou superando a marca de 90% em várias regiões do país, o que levou ao endurecimento das medidas de restrição e isolamento social. 
 
Neste cenário de recrudescimento da pandemia e considerando, ainda, a alta da inflação, sobretudo dos alimentos, e as perspectivas de elevação da Selic, nem mesmo a prorrogação do auxílio emergencial foi suficiente para segurar as expectativas dos consumidores. Tanto o índice que mede a situação atual dos consumidores, quanto o que mede as expectativas futuras, registraram queda em março (-5,5 pts e -15,3 pts m/m, respectivamente).
 
►  Indicadores de Atividade
 
Volume de vendas do varejo restrito apresentou leve alta de 0,6% m/m em fevereiro, puxado por vestuário e móveis e  eletrodomésticos. Já o ICVA indica nova retração expressiva das vendas em fevereiro, ante o mesmo mês de 2020.
 
No mês de fevereiro, as vendas no varejo restrito registraram uma alta de 0,6% na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas do varejo restrito acumulam alta de 0,4%, com os segmentos de saúde e beleza, móveis e eletrodomésticos e supermercados com as melhores performances no período. 
 
Em fevereiro, o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA) apresentou mais uma queda expressiva, agora de 17,1% na comparação com fevereiro do ano passado, já descontada a inflação. Esta foi a décima segunda queda consecutiva no índice. 
 
Após o início da flexibilização do comércio, em maio de 2020, o fluxo de visitantes em shoppings volta a ser impactado pela nova onda da Covid-19.
 
De acordo com o IVSC (índice de visitas em shopping centers), a movimentação em shopping centers caiu 54,78% em janeiro (últimos dados disponíveis) na comparação anual, o pior índice desde outubro passado.
 
No comparativo entre as regiões, o Nordeste foi a região que apresentou melhor desempenho no referido mês e no acumulado do ano (não houve amostragem suficiente para análise de shopping centers na região Centro-Oeste e Norte). 
 
Além disso, houve queda de 25,7% no fluxo de pessoas em shoppings na comparação mensal, após oito meses consecutivos de altas. Atribuímos essa queda à nova onda da pandemia da Covid-19, a qual tem afetado o fluxo de consumidores no país devido à retomada das medidas de isolamento social.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por Por Georgia Jorge, CNPI, Richardi Ferreira, CNPI e Kamila Oliveira, CNPI, integrantes do BB Investimentos

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Fonte: BB INVESTIMENTOS





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