LOJAS RENNER ESG - Resultado no 4º Trimestre/2020
Negativo; agravamento da pandemia enfraquece recuperação
O resultado referente ao 4T20 da Lojas Renner foi desanimador. Nossas expectativas contemplavam normalização de receitas e margens no último trimestre do ano, o que não se concretizou em função do agravamento da pandemia ao final de 2020.
Desempenho das Ações.
O setor de vestuário figurou como um dos mais impactados pelas medidas restritivas tomadas pelos governos, visando à contenção do alastramento do Covid-19, e os negócios da Lojas Renner não foram exceção à regra. Em reflexo à queda de receita e margens, e perspectivas ainda duvidosas quanto à gradual recuperação do setor de vestuário, os papéis da Lojas Renner acumulam quedas de 21,9% em 2020 e 9,5% em 2021 até dia 11/02.
Apesar de nos mantermos confiantes na tese de investimentos da Lojas Renner, nossas premissas de crescimento e rentabilidade para o curto prazo não contemplavam novas medidas restritivas tais como as observadas ao final de 2020 e início de 2021, mas sim uma retomada mais rápida do fluxo de pessoas nas ruas, influenciado positivamente os resultados do 4T20 em diante. Até incorporarmos os resultados menos animadores observados neste trimestre, mantemos nosso preço-alvo para 2021e em R$ 47,10 e a recomendação Neutra.
Desempenho econômico-financeiro.
A receita líquida consolidada sofreu uma queda de 3,3% na comparação anual, mas veio em linha com as nossas estimativas (+1,7% r/e). Vale observar que as vendas mesmas lojas vieram atingiram -0,8% no 4T20, frente a um crescimento de 6,2% no mesmo período do ano anterior.
A margem bruta atingiu 56% neste trimestre, resultado de um ambiente ainda bastante promocional no varejo de vestuário e menor participação da receita proveniente de produtos e serviços financeiros (de 9,6% da receita no 4T19 para 5,1% no 4T20), cujas margens contribuem positivamente para o consolidado.
A margem EBITDA Ajustada veio em 24,8%, um decréscimo de 6,5 p.p. a/a e -4,3 p.p. r/e, em função do incremento das despesas com vendas e com produtos financeiros como reflexo das iniciativas digitais em andamento e menor diluição com o fechamento temporário de lojas.
Por fim, a margem líquida da companhia alcançou 11,5% (-4,6 p.p. a/a e -2,5 p.p. a/a), como consequência da queda das margens já mencionadas e menor resultado de produtos financeiros.
Vale observar, por último, que a companhia segue com uma posição bastante saudável de alavancagem financeira, apesar da queda de EBITDA e aumento do endividamento bruto. Ao final de 2020, a relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado atingiu 0,6x, ante 0,14x em 2019.
Confira no anexo a integra do relatório a respeito,
elaborado por GEORGIA JORGE, analista do BB Investimentos.
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