Guedes anuncia que vai para o "ataque" com privatizações e reformas
Paulo Guedes, afirmou nesta 2ª feira, 23.11, que o governo trabalhou, em 2010 e 2020, para reduzir despesas. E que seguirá, em 2021 e 2022, com agenda de reformas e privatizações.
“Vamos para as privatizações, para a abertura [da economia ao exterior], para simplificação, reforma tributária, a reindustrialização em cima de energia barata”,
disse o ministro, ao participar do 3º Encontro O Brasil Quer Mais, evento virtual organizado pela International Chamber of Commerce Brazil (ICC).
Segundo Guedes, os três maiores gastos que o governo conseguiu controlar foram com a Previdência, juros da dívida pública e salários de servidores. Explicou que os “privilégios” nas aposentadorias foram vencidos por meio da reforma da Previdência, houve redução dos juros da dívida pública e congelamento de salários de servidores.
Além disso, ele citou a reforma administrativa enviada pelo governo ao Congresso Nacional.
“O mais difícil foi o controle de gastos que está sendo implementado há algum tempo. Falta agora o movimento final: pacto federativo, desindexando, desvinculando, desobrigando despesas, travando essas despesas e entregando os orçamentos públicos à classe política”,
afirmou.
O ministro da Economia disse, ainda, que na agenda da equipe econômica figuram a abertura da economia brasileira para o comércio internacional, por meio de acordos comerciais e a aprovação de reformas.
Ele afirmou que espera avançar em reformas onde há consenso político para aprovação, após passar o período de eleições municipais.
“Acho que daqui até o fim do ano vamos aprovar uma pauta comum onde há acordo na Câmara, no Senado e no Poder Executivo”,
disse. Segundo o ministro, “bons candidatos” para a aprovação são projetos como de Lei de Falências, o marco regulatório do gás natural e cabotagem, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, com medidas para controle de gastos, e a independência do Banco Central.
Segundo Guedes, a reforma tributária e as privatizações não avançaram, mas o governo levará essa agenda adiante.
“Acho que estamos muito próximos da reforma tributária. A razão de não ter saído ainda é que a política é que dá o timing [momento certo]”,
enfatizou.