EDITORIAL
A Visão do Futuro não traz esperança alguma
Nada de a Direita estar com medo e mudar algo para amenizar um pretenso quadro pre-insurreicional. Está tudo dominado, o controle é generalizado e amplo. A submissão do País é total.
Guedes não cai, p. nenhuma; o andar de cima determinou a Rodrigo Maia tomar o chá das 5 com Paulo Guedes e articular-se para viabilizar a continuidade da aplicação da pauta liberal entreguista.
Celso de Mello sai de cena sem fazer algo pela inocentação de Lula e punir Dalagnol por seus crimes. Os processos criminais atribuíveis à 2a turma do STF passarão ao Plenário do Suprema Corte, sob o comando do novo presidente do STF e conivência da maioria conservadora e acovardada.
O Centrão garantirá a governabilidade do País para a consecução dos planos liberais originais que continuam em acelerado andamento: a privatização dos Correios, a entrega da Embraer, a venda das 4 refinarias da Petrobras à Exxon, as mais modernas e rentáveis, a venda da Eletrobras, o esquartejamento do BB e da CAIXA para entrega o BofA, materialização do plano dos anos 90. E por aí afora.
A esquerda, por sua vez, une-se em torno de Boulos e outros infiltrados da "esquerda consentida" em busca de cargos e salários no estado; e o PT jurídico boicota a mobilização popular, única fonte de poder que poderia alterar o quadro político e reverter a destruição do País pelos imbecis liberalóides entreguistas.
Enquanto isso, a venda de ilusões prossegue na mídia progressista, em um auto-engano que a cada momento se apresenta mais infundado no real concreto, difundido à população sem esperanças, oferecendo-lhe alento e mantendo sob grilhão seu poder transformador.
O quadro da destruição do País e seu rumo obscuro estão para além da capacidade de compreensão pela análise semiótica e pela psicologia precária dos que analisam a mente do ocupante do Planalto e dos militares em seu entorno. Gritarias e esperneios têm apenas aplicação catártica, não têm conteúdo transformador; prestam-se apenas a servir ao aprisionamento da santa ira transformadora.
A fome alcança 10 milhões de brasileiros, em números oficiais. O número real é bem maior e -- para muito além da redução do Auxílio Emergencial para apenas R$ 300 aos 38 milhões de brasileiros -- será ainda maior por conta do gigantesco arrocho preparado por Paulo Guedes, a ser implementado após as eleições de novembro/2020, na precária tentativa de resolver, à moda liberal chicagueana dos anos 70, a crise fiscal brasileira, o maior deficit fiscal da história do País. Mais um fracasso no horizonte.
A miséria cresce a olhos vistos e o Brasil ruma à desintegração. Os militares estão atentos e o povo não está mobilizado.
A elite canalha, golpista e doida por um greencard, destruiu o Brasil e, para safar-se, foi morar em Londres, Berlin, Paris, NY e Miami ... E deu uma banana ao povo do País.
Fogem do Brasil os capitais externos financeiros e industriais em razão das perdas de potencial do mercado interno e dos desencontros da equipe econômica do governo; o desemprego acelera, a população de rua se expande, a fome volta com tudo. O governo se esforça para enfiar o País em uma guerra por procuração, por mero alinhamento automático com o governo estadunidense e inacreditável ignorância. E, ao rítmo atual de 715 mortes/dia, a Covid-19 terá feito cerca de 210 mil mortes até 31.12.2020.
Insolvência do Estado e bancarrota à vista.
A visão do futuro não traz esperança alguma.
Pobre Povo Brasileiro.