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Investimentos

21 de Julho de 2020 as 02:07:50



UTILITIES - Performance das Empresas do Setor - Junho 2020


BB-BI - Utilities - Setorial Mensal - Junho 2020
 
Performance das empresas de nossa cobertura
 
Os destaques de alta em junho foram AES Tietê, com expectativas sobre a movimentação em sua base de acionistas, e a Sanepar, que se apresentava mais descontada que os pares.
 
Destaques Setoriais
 
Em junho, tivemos importantes acontecimentos nos setores de utilities: no setor elétrico, foi regulamentado o socorro financeiro para superar o impacto da pandemia e, no saneamento, surge o novo marco como solução de longo prazo.
 
   Setor Elétrico: Regulamentação e adesão à Conta-Covid
 
 Após as publicações da MP 930 e do Decreto 10.350, a ANEEL submeteu a proposta de regulamentação da Conta-Covid a audiência pública entre os dias 27/5 e 1/6, e a aprovou no dia 23/6, publicando a Resolução Normativa 885, que detalha os itens da CDE que podem ser antecipados pelas Distribuidoras, os respectivos valores disponíveis para cada uma, bem como o formulário padrão de adesão à Conta que deveria ser protocolado até o dia 3/7.
 
 Na segunda semana de julho, a ANEEL confirmou a adesão de 50 concessionárias e 11 permissionárias de distribuição de energia à Conta-Covid, que requisitaram a utilização de R$ 14,8 bilhões dos R$ 16,1 bilhões disponibilizados, correspondendo a uma adesão de 92%. Os recursos serão antecipados por 19 bancos interessados em participar da operação, que foi precificada a mercado e ficou em um custo de CDI + 3,79% a.a..
 
 A solução retira o risco de inadimplência generalizada no setor elétrico, trazendo folga financeira para as distribuidoras, frente à queda de arrecadação decorrente dos efeitos da pandemia e das políticas de isolamento social. As distribuidoras receberão antecipadamente, ao longo dos próximos meses até dezembro de 2020, itens da CDE que receberiam ao longo dos próximos 5 anos. Dessa forma, os consumidores não perceberão na tarifa esse impacto no curto prazo.
 
 Pelo cronograma da CCEE que gerencia a Conta-Covid, o desembolso dos valores requisitados deve ocorrer no início de agosto.
 
   Saneamento: Aprovação do Novo Marco Regulatório no Senado
 
 No dia 24/6, foi aprovado pelo Senado o projeto de Lei 4.162/2019, Novo Marco Regulatório do Saneamento, trazendo avanços que devem trazer competitividade e dinamizar o ritmo de investimentos no setor ao longo dos próximos anos.
 
 A nova lei estabelece a responsabilidade de criar normas de referência para a regulação de serviços de saneamento para a ANA, que definirá requisitos mínimos para os contratos de concessão do setor, para a metodologia tarifária, para metas a serem atingidas e para a governança das agências reguladoras, alterando assim o escopo dos servidores da ANA.
 
 O novo marco estabelece também a exigência de processos licitatórios para a concessão de serviços de saneamento, extinguindo a possibilidade de firmar contratos de programa com estatais, estimulando dessa forma a competição no setor, e estimula a formação de blocos regionais visando ganhos de escala e eficiência para os projetos, priorizando a utilização de recursos federais para esses projetos.
 
 Todos os contratos deverão incorporar metas de expansão até 31/03/2022, visando a universalização do saneamento no horizonte de até dezembro de 2033, desde que economicamente viável.
 
 Os atuais contratos de programa continuam valendo até seu vencimento e, no texto aprovado, era permitido sua prorrogação por até 30 anos; no entanto, a sanção presidencial que saiu no dia 15/7 como Lei nº 14.026 trouxe veto a este artigo, o que ainda pode ser discutido no Senado
 
 
 
Consumo de Eletricidade - CCEE
 
A Queda no consumo em maio veio levemente abaixo da queda verificada em abril, mas ainda apontando queda de dois dígitos. No acumulado do ano até maio, queda do volume está em 5% comparado a 2019.
 
   Panorama 
 
 O consumo de eletricidade em maio de 2020 foi 42.242 GWh, volume 10,7% inferior a maio de 2019, com crescimento modesto apenas na região Norte, de 1,1% a/a, puxado pela retomada de um grande consumidor eletrointensivo do setor de metalurgia, enquanto as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste apresentaram quedas superiores a 10% na comparação anual, ficando em -12,4% a/a e -11,3% a/a, respectivamente. A região Sul apresentou queda de 9,9% na mesma comparação.
 
 A maior parte da queda no consumo se deu em decorrência das políticas de isolamento social para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Essas políticas se intensificaram no final de março e, consequentemente, foi a partir de abril que sofreu integralmente esse impacto, quando houve a queda significativa no consumo, ainda que os primeiros meses do ano já demonstrassem alguma queda pontual de consumo.
 
 Assim, as quedas acumuladas no ano, de janeiro a maio, e nos últimos doze meses, de junho de 2019 a maio de 2020, quando comparadas ao mesmo período um ano antes, ainda estão em patamares mais módicos de 5% e 1,4% respectivamente.
 
Hidrologia – Energia Natural Afluente
 
Em junho, após um período úmido bom comparado aos últimos anos, o Sudeste tem apresentado queda na afluência, enquanto o Sul, que enfrenta estiagem no ano, apontou melhora em junho. Norte e NE mantêm hidrologia favorável.
 
Nível dos Reservatórios das Hidrelétricas
 
Em junho, a queda no consumo em decorrência da pandemia e a hidrologia favorável possibilitaram boa recuperação no armazenamento de água, inclusive no Sul, que, apesar da estiagem, pôde contar com redução do despacho hidrelétrico.
 
Preços e Tarifas
 
Em junho, a queda no consumo em decorrência dos efeitos da pandemia sobre a economia, junto a melhora da hidrologia em grande parte do país, tem possibilitado a recuperação relevante do armazenamento de água nos reservatórios.
 
 O GSF apresentou, no primeiro semestre de 2020, comportamento mais semelhante ao de 2018 do que 2019, com o pico de GSF em março, pouco acima dos 120%, enquanto em 2019 o pico foi em janeiro e superou os 160% da garantia física alocada. Da mesma forma, esperamos que o GSF mínimo no período seco não seja tão agudo quanto no ano passado, que chegou abaixo de 50% no mês de agosto.
 
 Bandeiras tarifárias. Em decorrência dos impactos da pandemia sobre a economia em geral e especificamente sobre o setor elétrico, e também pelos custos cobertos pelas bandeiras tarifárias estarem contempladas pela Conta Covid até o fim do ano, a ANEEL anunciou no dia 26/5 a decisão de manter a bandeira verde acionada até 31/12/2020.
 
 Preços. O preço spot médio de energia elétrica ficou em R$ 114,79 por MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul no mês de junho de 2020, valor quase 60% acima da média do mês anterior, principalmente em função da piora na afluência na região Sudeste/Centro-Oeste, e do baixo nível de armazenamento na região Sul. Nas regiões Norte e Nordeste, o preço médio de junho foi de aproximadamente R$ 70 por MWh, com situação mais favorável, mas também apresentou alta em proporção semelhante às demais regiões quando comparados ao mês anterior. O GSF verificado em junho para fins de MRE foi 75,8%.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório preparado por RAFAEL DIAS, integrante do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RAFAEL DIAS, integrante do BB Investimentos





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